China volta a paralisar mercados de ações e derruba bolsas pelo mundo
Quedas atribuídas em parte à desvalorização do yuan levaram a novo acionamento dos mecanismos automáticos de interrupção. Abalo atingiu em cheio o índice alemão DAX, cotado abaixo da marca de 10 mil pontos.
Apenas trinta minutos após o início dos pregões nas bolsas de valores da China nesta quinta-feira (07/01), quedas acentuadas levaram, pela segunda vez esta semana, ao acionamento dos mecanismos automáticos de interrupção, projetados para restringir as flutuações do mercado quando os índices de referência apresentam queda de mais de 7%.
Esta foi a segunda vez que os mecanismos foram acionados, após serem instalados pela Comissão Reguladora do Mercado de Valores da China (CRMV) no dia 1º de janeiro.
A queda do mercado chinês se deve, em parte, à decisão do Banco Popular da China (PBOC) de desvalorizar o yuan em relação ao dólar, chegando ao ponto mais baixo desde março de 2011. Na quinta-feira, a moeda chinesa perdeu 0,5% do valor.
A desvalorização do yuan deixou muitos investidores em dúvida sobre as intenções do PBOC. Tais incertezas contribuem para a volatilidade do mercado de ações.
Além disso, nesta semana termina a proibição imposta pelo Estado às vendas de grandes quantidades de ações por parte de determinados investidores. Alguns temem que o fim da proibição possa gerar pânico e vendas desenfreadas, enfraquecendo a economia do país.
Efeito dominó
O índice alemão DAX sofreu com o abalo da crise dos mercados chineses. Logo após a abertura do mercado nesta quinta-feira, o índice de referência já havia caído quase 3% e era comercializado abaixo da marca de 10 mil pontos, cotado a 9.918.
Outros mercados europeus também estavam sob forte pressão. O CAC francês caiu mais de 3%, e em Londres, o índice FTSE estava abaixo dos 2%.
RC/afp/rtr/ap
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