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China suspende mecanismo após nova paralisação das bolsas

18:20 | Jan. 07, 2016
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Órgão regulador do comércio de valores chinês cancela mecanismo automático de interrupção de pregões. Medida entrou em vigor neste ano e fazia parte de pacote de ações projetadas para restringir flutuações do mercado. As autoridades chinesas anunciaram, nesta quinta-feira (07/01), a suspensão do mecanismo automático de interrupção, que já forçou o fechamento temporário dos pregões nas bolsas de valores da China duas vezes nesta semana, causando turbulências econômicas ao redor do mundo. "Atualmente, os efeitos negativos do mecanismo são maiores do que os efeitos positivos. Portanto, a Comissão Reguladora do Mercado de Valores da China [CRMV] decidiu suspender o mecanismo interruptor para manter a estabilidade do mercado", disse um porta-voz do órgão, Deng Ken, em comunicado divulgado pela agência estatal Xinhua. O mecanismo entrou em vigor na virada do ano e estava em funcionamento desde segunda-feira, quando ocorreu a primeira interrupção. O mecanismo fazia parte de uma série de medidas implementadas pelas autoridades chinesas para evitar incidentes como os de julho e agosto, que estremeceram as bolsas chinesas e contaminaram os mercados mundiais. O sistema de interrupção estabelece que quando o índice conjunto CSI 300 (que compreende as trezentas maiores empresas relacionadas na China continental listados nas bolsas de Xangai e Shenzhen) baixa ou sobe em 5%, ocorre uma parada automática de 15 minutos. Se após o intervalo a movimentação atingir uma variação de 7% o pregão é suspenso até o dia seguinte. China amplia restrições aos grandes acionistas No entanto, as boas intenções do governo chinês não contaram com o temor dos investidores individuais, dos quais há cerca de 90 milhões na China, e que venderam ações em massa nesta semana, temendo um aumento de vendas na próxima semana. A explicação é que em 8 de julho de 2015, após a uma das sérias quedas das bolsas chinesas, o órgão regulador proibiu grandes acionistas (titulares de 5% ou mais das ações de uma empresa) de vender suas ações por um período de seis meses, prazo que se encerra nesta sexta-feira. No entanto, a CRMV comunicou que esse impedimento será substituído agora por nova medida, em que os acionistas não podem vender mais de 1% de uma empresa por cada período de três meses. Os titulares das ações terão também de divulgar a intenção de venda com 15 dias de antecedência. Não foi apresentada qualquer data limite. PV/abr/lusa/efe

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