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Talibã reivindica captura de Sangin

18:55 | 23/12/2015
Os talibãs seguem aumentando seu domínio na estrategicamente importante província de Helmand. Cabul envia reforço e exército afegão luta para retomar o controle da região. O Talibã reivindicou, nesta quarta-feira (23/12), ter capturado todo o distrito de Sangin na província de Helmand e de ter tomado o controle dos prédios governamentais e das delegacias. Com o Exército afegão lutando para retomar o domínio de Helmand, Cabul enviou reforços para apoiar as tropas na região estrategicamente importante. Numa declaração digital, os militantes do Talibã afirmaram que o centro do distrito foi completamente invadido e que eles haviam capturado grandes quantidades de armas e outros equipamentos militares. Os islamitas romperam as linhas de frente de defesa do distrito no domingo, depois de dias de confrontos com forças afegãs. Civis estão fugindo da área após temores de que o Talibã poderia capturar toda a província sulista. Mas o vice-governador de Helmand, Mohammad Jan Rassolyar, mostrou-se esperançoso de que as tropas do governo irão recuperar o controle da região. "Estou confiante de que não vamos perder Sangin", disse à agência de notícias AFP. Mas cedo, o ministro da Defesa do Afeganistão, Massom Stanekzai, confirmou que o reforço militar tinha chegado a Helmand. "Os militares estão em posição e a operação está em curso", garantiu. Com o Exército afegão enfrentando ataques talibãs em muitas partes do Afeganistão, a pressão está aumentando sob o presidente do país, Ashraf Ghani. A desordem em Helmand ocorre menos de três meses depois de os insurgentes terem brevemente capturado Kunduz, a quinta maior cidade do Afeganistão. Alguns analistas afirmam que o Talibã está ganhando força. "Como vimos em Kunduz, as forças afegãs são incapazes de combater a insurgência por conta própria", disse o analista da empresa de consultoria de segurança IHS, Omar Hamid, acrescentando que "Sangin só reforça essa imagem". Helmand é uma província estrategicamente importante devido à passagem das principais rotas de abastecimento para o comércio de ópio e devido à proximidade com o Paquistão. Durante anos, forças britânicas e americanas tiveram dificuldades para controlar a província, onde mais de 450 militares britânicos foram mortos em combate. PV/afp/rtr
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