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Suíça confirma detenção de dois dirigentes da Fifa por corrupção

O paraguaio Juan Ángel Napout, presidente da Conmebol, e o hondurenho Alfredo Hawit, presidente da Concacaf, foram os dois detidos no caso

06:49 | 03/12/2015
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O governo suíço informou que dois dirigentes da Fifa foram detidos nesta quinta-feira, 3, em Zurique como suspeitos de aceitar subornos, confirmando uma informação antecipada pelo jornal New York Times sobre uma nova onda de detenções dentro da entidade que comanda o futebol mundial.

O ministério da Justiça da Suíça não divulgou a identidades dos detidos.
No entanto, uma fonte da Fifa informou à AFP que o paraguaio Juan Ángel Napout, presidente da Conmebol, e o hondurenho Alfredo Hawit, presidente da Concacaf, foram detidos. Os dois são vice-presidentes da entidade.

Napout, de 57 anos, preside a Conmebol desde 2014 e Hawit, 64, ocupa o cargo de presidente interino da Concacaf desde maio, desde a primeira onda de detenções de dirigentes da Fifa em maio, durante a qual o então presidente da Concacaf, Jeffrey Webb, foi detido.

Os dois "são suspeitos de aceitar dinheiro em troca da venda dos direitos de 'marketing' relacionados com a transmissão de campeonatos na América Latina e com partidas das eliminatórias para a Copa do Mundo", afirma o ministério da Justiça em um comunicado, sem citar nomes.

A justiça dos Estados Unidos solicitou a detenção dos dirigentes em 29 de novembro com o objetivo de iniciar o procedimento de extradição, por "atos que teriam sido em parte estimulados nos Estados Unidos e pagamentos que teriam transitado por bancos americanos".

As detenções aconteceram em Zurique, onde o Comitê Executivo da Fifa está reunido desde quarta-feira e onde sete dirigentes da entidade foram detidos em maio por suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro, incluindo o ex-presidente da CBF José Maria Marin.

Mais cedo, o site do jornal The New York Times informou que vários funcionários e ex-funcionários da Fifa foram detidos nesta quinta-feira na Suíça.
A operação foi executada a pedido da justiça dos Estados Unidos, sete meses depois da primeira onda de detenções de 18 pessoas - incluindo dirigentes da Fifa - por fraude, corrupção e lavagem de dinheiro.

Joseph Blatter, presidente demissionário e atualmente suspenso da Fifa, não está entre as pessoas procuradas em Zurique, segundo o jornal.

As detenções começaram às 6H00 (3H00 de Brasília) no hotel Baur au Lac, o mesmo local onde ocorreu a primeira série de detenções em 27 de maio.
De acordo com o jornal, a operação tem como alvos dirigentes da América do Sul e América Central.

O NYT, que citou fontes anônimas, informou que a justiça americana deve apresentar acusações nesta quinta-feira. Assim como aconteceu em maio, a operação acontece no momento em que a Fifa reúne seu comitê executivo durante dois dias, 2 e 3 de dezembro, em Zurique. "A Fifa está a par das ações realizadas hoje pela justiça americana. A Fifa continuará cooperando plenamente com a justiça americana dentro da lei suíça, assim como dentro da investigação realizada pelo Ministério Público suíço", afirma a entidade em um comunicado.

A Fifa completou que não fará nenhum comentário sobre os acontecimentos desta quinta-feira. Uma entrevista coletiva está programada para o fim da reunião do comitê executivo nesta quinta-feira, mas não foi possível confirmar se está mantida.

Ironia do destino, o encontro do comitê executivo em curso tinha como objetivo abordar as reformas planejadas pela Fifa para ganhar credibilidade.

AFP

 

 

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