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Rádio-observatório chileno Alma descobre "galáxias monstruosas"

A descoberta enterra a teoria segundo a qual estas galáxias se formam em áreas onde há grandes concentrações de matéria escura

17:50 | 10/12/2015

Graças ao potente rádio-observatório Alma, no norte do Chile, os cientistas descobriram um novo ninho de "galáxias monstruosas" a 11,5 bilhões de anos luz que ajudaria a entender como as galáxias se formam, informou um comunicado do observatório.

A equipe de astrônomos captou este ninho de galáxias "justamente na intersecção de filamentos gigantes que formam uma rede de matéria escura", enterrando a teoria segundo a qual estas galáxias se formam em áreas onde há grandes concentrações de matéria escura.

"Estas descobertas são importantes para compreender como as galáxias se formam e evoluem até se tornarem enormes galáxias elípticas", explicou o laboratório Alma em comunicado.

Há 10 bilhões de anos, muito antes que o Sol e a Terra se formasse, havia zonas do Universo habitadas por galáxias monstruosas que forjavam estrelas a um ritmo centenas de milhares de vezes superior ao que se observa hoje na Via Láctea, explica o texto. Os astrônomos "acreditam que estas jovens galáxias amadureceram até formar as galáxias elípticas gigantes que são observadas atualmente".

A dificuldade para descobrir este tipo de galáxia estava até hoje no fato de que estavam rodeadas de poeira cósmica. A potência do Alma, que tem uma sensibilidade 10 vezes superior e uma resolução 60 vezes melhor do que o restante dos rádio-observatórios do mundo, permitiu a descoberta.

O Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (Alma, na sigla em inglês), é formado por 66 antenas colocadas em Llano Chajnantor, no norte do Chile, a mais 5.000 metros de altura. O observatório é uma parceria entre o Observatório Europeu Austral (ESO), a Fundação Nacional de Ciência dos Estados Unidos e os Institutos Nacionais de Ciências Naturais do Japão, em parceria com o governo do Chile.

AFP 

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