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Polícia de San Bernardino identifica atiradores e não descarta ato terrorista

08:55 | 03/12/2015
A polícia de San Bernardino, na Califórnia, identificou nesta quinta-feira os dois atiradores do massacre que deixou 14 mortos e 17 feridos no centro de assistência para pessoas com necessidade especiais Inland Regional Center, no pior ataque em massa nos EUA em três anos.

Os atiradores foram identificados como Syed Farook, de 28 anos, e sua esposa, Tashfeen Malik, de 27 anos. Ele é norte-americano, mas a nacionalidade dela ainda é incerta. No entanto, sabe-se que ela morava na Arábia Saudita e que ele a conheceu pela internet. Registros do governo mostram que Farook foi para a Arábia Saudita no ano passado e, segundo os colegas de trabalho, eles voltaram para os EUA casados. Eles tinham um bebê de seis meses, que no momento do ataque estava com a mãe de Farook.

Segundo o chefe de polícia de San Bernardino, Jarrod Burguan, Farook era funcionário do centro de assistência e participava de uma confraternização de fim de ano. Burguan disse que as informações são de que ele brigou com alguém na festa e saiu do local enfurecido. Minutos mais tarde, ele e sua esposa voltaram encapuzados e começaram a atirar, matando 14 pessoas e ferindo outras 17, de acordo com a polícia.

O casal fugiu, mas foi morto pela polícia em uma troca de tiros a apenas três quilômetros de onde o ataque tinha ocorrido, em meio a uma perseguição com cerca de 20 agentes. A polícia disse que foram encontrados com o casal fuzis e pistolas semiautomáticas.

As autoridades não descartaram terrorismo e disseram que ainda estão investigando possíveis conexões com o Estado Islâmico, mas até o momento não tinham descoberto nenhuma ligação. Uma terceira pessoa ainda estava sob custódia, mas autoridades disseram que não estava claro se essa pessoa estava ligada ao tiroteio.

"Baseado no que vimos e como eles estavam equipados, mostra que houve algum tipo de planejamento, pois eles trajavam roupas iguais as dos atiradores terroristas. Eu não acho que eles voltaram para a casa, pegaram as roupas táticas e voltaram para o local", disse o chefe de polícia de San Bernardino em uma entrevista coletiva. "Eles vieram preparados para fazer o que eles fizeram, como se estivessem em uma missão", disse Burguan anteriormente.

Inicialmente, a polícia acreditou que poderia haver três atiradores, mas na quarta-feira à noite Burguan disse acreditar que os dois eram os únicos atiradores.

O suspeito tinha trabalhado durante cinco anos como especialista em meio ambiente para o condado de San Bernardino no Inland Regional Center, uma instituição sem fins lucrativos que presta serviços e apoio a "indivíduos com deficiências de desenvolvimento" e atende 30.200 pessoas por ano. A instituição tem 670 funcionários.

Em uma entrevista na sede do Conselho de Relações Americano-Islâmicas (CAIR) em Anaheim, ao sul de Los Angeles, Farhan Khan, cunhado de Farook, disse "não ter ideia do por quê ele fez isto" e que estava chocado com suas ações.

"Não posso expressar o quanto estou triste com o que aconteceu", disse Khan, que é casado com a irmã de Farook. "Estou em estado de choque que algo assim poderia acontecer", acrescentou, se recusando a fornecer mais detalhes sobre Farook.

O tiroteio começou por volta 11h (no horário local) e a polícia chegou ao local quatro minutos após a primeira ligação, disse Burguan. Mas até lá, os suspeitos tinham fugido. Fonte: Dow Jones Newswires.

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