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OMC chega a acordo sobre subsídios agrícolas

13:34 | 20/12/2015
Diretor-geral da OMC, Roberto Azevêdo (c.), no final da reunião em NairóbiReunião da Organização Mundial do Comércio (OMC) em Nairóbi faz poucos progressos para abolir barreiras comerciais globais, mas avança quanto à eliminação de subvenções à exportação agrícola por parte de países ricos. O encontro de cinco dias dos 162 países-membros da Organização Mundial do Comércio (OMC) em Nairóbi, capital do Quênia, terminou com um acordo sobre os subsídios à exportação agrícola, mas não conseguiu fazer progressos quanto a outras reformas importantes. A decisão da OMC, apresentada no sábado (19/12), de abolir os incentivos de países ricos às exportações da agricultura foi saudada por autoridades mundiais da área do comércio. O representante americano para o comércio exterior, Michael Froman, chegou até mesmo a dizer que a medida representava uma "guinada para a Organização Mundial do Comércio". O brasileiro Roberto Azevêdo, diretor-geral da OMC, também saudou o resultado do encontro, chamando a decisão sobre as exportações agrícolas o "resultado mais significativo em termos de agricultura" na história da OMC. A medida vai ao encontro de uma antiga reivindicação dos países em desenvolvimento, já que os subsídios concedidos por países desenvolvidos à exportação agrícola limitavam as vendas de produtos básicos de nações menos favorecidas. Caminho a percorrer Apesar dos elogios para o acordo sobre a subvenção à exportação agrícola, o encontro não conseguiu fazer muito progresso quanto às negociações paralisadas da Rodada Doha. Essas negociações, que tiveram início na capital do Catar em 2001, deveriam ajudar os países em desenvolvimento e emergentes a se tornar mais competitivos no mercado global. As nações industrializadas, no entanto, falharam em chegar a um consenso sobre a redução das tarifas alfandegárias e subsídios agrícolas. O encontro da OMC em Nairóbi também não foi diferente, com os países-membros divididos quanto a continuar ou não a Rodada Doha. Na declaração final do encontro, afirma-se que os membros continuam comprometidos em concluir as negociações de Doha. O documento, porém, também destaca que alguns alguns países pedem a eliminação ou modificação da Rodada Doha. CA/afp/dpa/rtr/dw
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