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Mais de 9.000 mortos desde o início do conflito

O balanço inclui civis, membros das Forças Armadas e integrantes dos grupos armados. Cerca de 47 civis morreram e 131 ficaram feridos, segundo a ONU

06:32 | 09/12/2015
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Um francês de 23 anos, que viajou para a Síria no final de 2013, foi identificado como o terceiro homem-bomba da casa de espetáculos Le Bataclan, onde 90 pessoas morreram nos atentados de 13 de novembro em Paris.

De acordo com uma fonte ligada às investigações, o jihadista Fued Mohamed Aggad, natural de Estrasburgo (leste da França), viajou para a Síria com o irmão e um grupo de amigos. Muitos deles foram detidos em 2014 quando retornaram à França, mas ele permaneceu no país, segundo uma fonte policial.

Os outros dois criminosos da casa de espetáculos parisiense já haviam sido identificados: dois jihadistas franceses, originários da periferia de Paris, Omar Ismail Mostefai, 29 anos, e Samy Amimur, 28 anos.

Foi a própria família de Aggad que possibilitou a pista à justiça. Após uma comparação de seu DNA com o de vários integrantes de sua família, ele foi formalmente identificado no fim de semana passado, segundo uma fonte ligada às investigações.

Sete cidadãos de Estrasburgo, com idades entre 23 e 26 anos, foram detidos em maio de 2014 na cidade. A promotoria solicitou em outubro a transferência do caso ao Tribunal Correcional por associação de delinquentes em relação a um ato terrorista.

O grupo viajou em 17 de dezembro de 2013, de avião, de Frankfurt (Alemanha) para Antalya (Turquia) e depois prosseguiu para a Síria, onde dois deles morreram, os irmãos Murad e Yasin Budjelal.

Eles foram alistados por Murad Farès, um homem conhecido como um dos principais recrutadores de jihadistas franceses por meio das redes sociais. Os jovens, que afirmam ter viajado para a Síria em uma missão humanitária, são suspeitos de aderir ao Estado Islâmico (EI).

Durante a investigação, eles explicaram ter sentido horror com o que descobriram na Síria e retornaram de forma gradual a partir de fevereiro de 2014.

O argumento não convenceu os investigadores, pois os suspeitos haviam viajado em pequenos grupos e com  toda a discrição possível. Além disso, várias fotos de alguns deles com uniformes e armas nas mãos, assim como textos de ameaças à França, foram encontrados em seus computadoras.

Os atentados de Paris deixaram 130 mortos em uma onda de ataques contra Le Bataclan, bares, restaurantes e os arredores do Stade de France. Os ataques foram reivindicados pelo EI.

Aggad é o sexto jihadista morto e participante nos atentados a ser identificado.
Além do trio do Bataclan, Brahim Abdeslam, 31 anos, Abdelhamid Abaaoud, 28, e um terceiro jihadista ainda não identificado, mas que a polícia acredita ser o homem-bomba morto cinco dias depois em uma operação contra um apartamento na periferia de Paris, integravam o "comando dos terraços", que atacou bares e restaurantes do centro de Paris.

Dos três homens-bomba do Stade de France, a única identidade conhecida é a de Bilal Hadfi, de 20 anos. Os outros dois homens tinham passaportes sírios falsos e entraram na França depois de passar pela Grécia, onde entraram desapercebidos em meio ao grande fluxo de imigrantes.

Salah Abdeslam, irmão de Brahim, permanece foragido. Ele transportou os homens-bomba até os arredores do Stade de France e, talvez, também tivesse a missão de detonar explosivos.

 

Redação O POVO Online

com informações da AFP

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