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Gauck pede maior esforço internacional na crise de refugiados

17:31 | 08/12/2015
Presidente alemão visita campo de refugiados na Jordânia e afirma que investimento em educação previne a expansão do terrorismo. ONU pede que autoridades jordanianas autorizem entrada de sírios barrados na fronteira. Após uma visita ao campo Ayraq na Jordânia, o presidente da Alemanha, Joachim Gauck, pediu nesta terça-feira (08/12) mais esforço da comunidade internacional diante a situação de refugiados da Síria. "Precisamos ter consciência de que cada dólar, cada euro, que investimos em educação e cursos profissionalizantes é também uma forma de prevenção contra a expansão do terrorismo", afirmou Gauck. O presidente visitou o segundo maior campo de refugiados do país, em Ayraq, administrado pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) e localizado a cerca de 100 quilômetros da capital Amã, próximo a fronteira com a Síria. De acordo com a agência da ONU, cerca de 28,3 mil pessoas vivem no local que pode abrigar até 100 mil. Gauck defendeu ainda a integração de refugiados na sociedade e ressaltou que campos como o que visitou devem ser uma situação passageira. "Se alguma sociedade imagina que é bom abrigar refugiados por um longo período em campos, isso é um engano", disse. A Jordânia abriga atualmente mais de 632 mil refugiados da Síria. Desde maio de 2013, autoridades jordanianas têm restringido a entrada de sírios no país e alegam que o Estado chegou ao limite em sua capacidade para abrigar refugiados. Nesta terça-feira, o Acnur alertou para a situação de cerca de 12 mil migrantes bloqueados na fronteira da Síria com a Jordânia. Eles vivem em condições precárias. "As vidas dos refugiados estarão em risco durantes os próximos meses", afirmou a porta-voz do Acnur, Melissa Fleming. "Fazemos um apelo ao governo da Jordânia para que permita aos refugiados detidos na fronteira que entrem no país." O Acnur elogiou a enorme contribuição da Jordânia, mas acrescentou que o campo Ayraq, no território jordaniano, tem capacidade de receber mais essas pessoas. CN/dpa/rtr
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