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Fluxo migratório rumo à Europa diminui em novembro

17:30 | 01/12/2015
Em relação a outubro, 36,5% menos migrantes atravessaram o Mar Mediterrâneo em direção ao continente. Condições climáticas e repressão das autoridades turcas a traficantes de pessoas são razões para queda. O número de migrantes que chegou à Europa após atravessar o Mar Mediterrâneo diminui 36,5% de outubro para novembro, divulgou nesta terça-feira (01/12) o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur). Esse foi o primeiro mês do ano que registrou queda no fluxo migratório em comparação ao anterior. Estima-se que 140 mil refugiados e migrantes chegaram à Europa pela via marítima em novembro. Em outubro, haviam sido 220 mil. "É uma grande queda, mas os números ainda continuam muito elevados", afirmou William Spindler, porta-voz do Acnur. Nos últimos dias foi registrada uma pausa no fluxo migratório, devido ao mar agitado, porém, na segunda-feira, cerca de 5,2 mil pessoas voltaram a desembarcar em ilhas na Grécia. "As razões para a queda no número de chegadas estão relacionadas às condições climáticas variadas no Mar Egeu e também à repressão das autoridades turcas ao tráfico de pessoas", destacou Spindler. De acordo com o porta-voz do Acnur, mais de 886 mil migrantes chegaram à Europa neste ano, metade deles de origem síria. Esse número é quatro vezes maior do que o registrado durante todo o ano de 2014. "É realista dizer que poderemos chegar a 1 milhão até o final deste ano", disse. Mulheres e crianças Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), 52% dos migrantes são mulheres e crianças. Entre os 589 refugiados que morerram na travessia entre a Turquia e Grécia via Mediterrâneo, 30% eram crianças. A agência ressaltou ainda que centenas de crianças estão entre os migrantes barrados na fronteira da Grécia com a Macedônia, após o governo macedônico permitir apenas a passagem de cidadãos oriundos da Síria, Iraque e Afeganistão. "Eles estão vivendo em condições de extrema pobreza, em abrigos inadequados. Há às vezes cerca de 30 a 40 pessoas dormindo numa barraca para se manterem aquecidas", afirmou Christopher Tidey, porta-voz do Unicef, acrescentando que várias famílias estão na região há mais de uma semana. CN/rtr/afp/dpa
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