PUBLICIDADE
Notícias

Farc denunciam burocracia na libertação de guerrilheiros indultados

O líder rebelde disse que, enquanto os "burocratas" estão comemorando com "rum, dança e boa comida", os guerrilheiros favorecidos pelo perdão presidencial "esperam uma assinatura para sair em liberdade"

15:21 | 25/12/2015
As Farc denunciaram nesta sexta-feira que os guerrilheiros indultados em novembro pelo presidente colombiano, Juan Manuel Santos, permanecem nas prisões devido aos "entraves" e à "indolência" dos burocratas.

Os líderes da organização comunista Timoleón Jiménez (Timochenko) e Ricardo Téllez, que negociam um acordo de paz com o governo em Havana, informaram no Twitter que funcionários estão obstruindo a ordem presidencial de libertar um grupo de 30 rebeldes.

"Entraves de funcionários impedindo que indultados pelo presidente possam sair antes de que termine o ano", escreveu Jiménez, líder máximo das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Mais enérgico, Téllez criticou os obstáculos que, segundo ele, estão interpondo autoridades para impedir a libertação.

"Em nenhuma parte do mundo se colocam tantos entraves a um mini-indultos. O presidente ordena, ordena, mas ninguém cumpre. No Natal, pior", acrescentou Téllez, também conhecido como Rodrigo Granda.

[SAIBAMAIS 2] O líder rebelde disse que, enquanto os "burocratas" estão comemorando com "rum, dança e boa comida", os guerrilheiros favorecidos pelo perdão presidencial "esperam uma assinatura para sair em liberdade".

"Para que querem manter os indultados na prisão por mais tempo? Nada justifica este proceder nefasto", acrescentou. O governo de Juan Manuel Santos anunciou o indulto para um grupo de 30 guerrilheiros em 22 de novembro.

Santos justificou a medida como um gesto de confiança para o processo de paz que negocia com as Farc há três anos e com o qual as partes buscam pôr um fim a um conflito de mais de meio século.
Os guerrilheiros indultados estão presos por rebelião e crimes menores.

Segundo as Farc, 1.200 rebeldes desta organização cumprem penas em prisões colombianas.

AFP
TAGS