PUBLICIDADE
Notícias

Ao menos 40 corpos são achados na capital do Burundi

12:20 | 12/12/2015
Polícia e testemunhas encontram mortos nas ruas de Bujumbura, um dia após três instalações militares serem atacadas por grupo rebelde. País vive onda de violência, após fracasso de golpe contra presidente em maio. Ao menos 40 corpos foram encontrados na manhã deste sábado (12/12) nas ruas de Bujumbura, capital do Burundi, após um ataque coordenado no dia anterior contra três instalações militares por um grupo ainda não identificado, afirmou a polícia. Testemunhas acusam as forças de segurança locais de terem executado os jovens de forma deliberada, horas depois dos ataques contra os acampamentos do Exército nesta sexta-feira. A maioria das vítimas, assassinadas por disparos e alguns à queima roupa, foi encontrada no distrito de Nyakabiga. Outros mortos foram vistos em Rohero II e Musaga. "A maioria dos mortos são domésticas ou jovens pais de família que se encontravam em casa. Isso é uma carnificina, não há outra palavra", afirmou indignado um morador de Nyakabiga, que pediu anonimato. A polícia nega as acusações. Um porta-voz do Exército afirmou na sexta-feira à tarde que pelo menos 12 insurgentes morreram, outros 20 foram capturados e cinco soldados ficaram feridos durante o ataque aos campos militares. Um balanço completo das operações de sexta-feira deverá ser comunicado "no decorrer do dia". O incidente ocorre em meio à instabilidade política no Burundi que começou em abril, quando o presidente Pierre Nkurunziza anunciou planos para um terceiro mandato, que muitos cidadãos e observadores internacionais afirmaram ser inconstitucional. Ele venceu as eleições presidenciais realizadas em julho e marcadas pelo boicote da oposição e violência. Cerca de 240 indivíduos já morreram desde abril, e quase um quarto da população de um milhão de pessoas fugiu para países vizinhos. Mesmo depois da tentativa dos rebeldes de derrubar o presidente ter falhado em maio, um dos generais por trás do golpe afirmou que o grupo rebelde ainda planeja se livrar do presidente do país. FC/rtr/dpa/afp/lusa
TAGS