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Viúva de Robin Williams fala pela primeira vez sobre a morte do ator

"Não foi a depressão que matou Robin. Depressão foi um dos, vamos dizer, 50 sintomas, e foi um pequeno", afirmou Susan à revista People

14:18 | 03/11/2015
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Após cerca de um ano em silêncio, Susan Schneider, a viúva do ator Robin Williams, resolveu falar pela primeira vez sobre a morte do marido, que cometeu suicídio aos 63 anos, em agosto de 2014.

Em entrevista à revista People, ela revelou que a causa da morte do comediante norte-americano não fora ocasionada apenas pela depressão, como muitos suspeitavam, mas por um tipo de demência ainda pouco conhecido.

"Não foi a depressão que matou Robin. Depressão foi um dos, vamos dizer, 50 sintomas, e foi um pequeno", afirmou Susan à publicação.

Engajada na descoberta da causa da morte do ator, durante todo este tempo, ela contou ainda que Robin foi tardiamente diagnosticado com DLB (siga em inglês para demência com corpos de Lewy), uma doença degenerativa do sistema neurológico. É o segundo tipo de demência mais comum, depois do mal de Alzheimer.

"Passei o último ano tentando descobrir o que matou Robin. Para entender contra o que estávamos lutando, onde estávamos entrincheirados. Um dos médicos disse: 'Robin estava muito consciente de que estava perdendo sua sanidade e não havia nada que ele pudesse fazer sobre isso'", contou a viúva.
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Apesar de comum, a DLB ainda é pouco conhecida e diagnosticada erroneamente com frequência, tanto que a doença só foi descoberta durante autópsia do ator. Além de alucinações, a doença compromete funções motoras.

A estrela de 'Patch Adams - Amor é Contagioso' começou a ser afetado pela doença aproximadamente um ano antes de se suicidar. Além de enfrentar crises de ansiedade e delírios, ele teve os movimentos prejudicados e sofreu rigidez muscular. Os sintomas, no entanto, pioraram meses antes a morte de Robin.

"Eles (os sintomas) se apresentam como uma máquina de pinball. Você não sabe exatamente para o que você está olhando", explica a viúva.

O desejo de Susan Schneider agora é de usar os conhecimentos que adquiriu, neste processo de descoberta da doença do marido, para tentar ajudar outras pessoas acometidas pelo mesmo mal.

"Este foi um caso muito singular e eu peço a Deus que ele jogue alguma luz sobre a doença, para as milhões de pessoas e seus entes queridos que estão sofrendo com ela. Porque nós não sabíamos, ele não sabia", complementa.

Redação O POVO Online
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