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Oposição derruba governo de Portugal

17:35 | 10/11/2015
Parlamentares aprovam moção de rejeição ao programa do primeiro-ministro Passos Coelho e abrem caminho para a formação de um inédito governo de esquerda. Pouco mais de um mês depois da eleição, partidos de esquerda derrubaram nesta terça-feira (10/11) o governo de centro-direita de Portugal, após rejeitarem, em uma votação na Assembleia da República (Parlamento), em Lisboa, o programa de governo do primeiro-ministro Pedro Passos Coelho. A moção apresentada pela oposição socialista para a rejeição do programa de governo de Passos Coelho foi aprovada com 123 a favor e 107 contra. O governo tentou angariar votos contra a moção ao afirmar que reduzir a austeridade colocaria Portugal numa posição semelhante à da Grécia. Os argumentos, porém, não conseguiram evitar a aprovação da proposta. Apesar de ter saído vitoriosa nas eleições de 4 de outubro, a coalizão governamental não obteve maioria parlamentar. Mesmo assim, o presidente português, Aníbal Cavaco Silva, encarregou Passos Coelho de formar um governo, em 6 de outubro. Agora, a rejeição do programa de Passos Coelho abre caminho para a formação de um governo inédito de esquerda no país. Qualquer mudança, no entanto, passa primeiro pelas mãos do presidente português, Aníbal Cavaco Silva, que deve ouvir primeiro as propostas dos partidos. O líder do Partido Socialista (PS) e aspirante ao cargo de primeiro-ministro, António Costa, afirmou que a abertura do processo para a formação de um novo executivo será aguardada "calmamente". Os partidos de esquerda conquistaram a maioria dos assentos no Parlamento, mas não formavam um bloco. Nos últimos dias, eles chegaram a um acordo sobre um programa de governo comum, incluindo a flexibilização de políticas de austeridade e reformas. Em 2011, a União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovaram um pacote de resgate de 78 bilhões de euros para evitar a falência de Portugal, em troca da aplicação de uma série de medidas de austeridade. A aliança de Passos Coelho foi responsável por implementar as reformas prevista no acordo com os credores. CN/efe/dpa/rtr
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