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Morre ex-chanceler alemão Helmut Schmidt

Ex-líder social democrata foi hospitalizado em agosto e operado em setembro por um coágulo de sangue na perna. Schmitd sofria de uma infecção indefinida

13:15 | 10/11/2015
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O ex-chanceler alemão Helmut Schmidt, cujo estado de saúde havia se deteriorado bruscamente no último fim de semana, faleceu no início da tarde desta terça-feira,10, aos 96 anos. O anúncio foi feito pelo próprio médico de Schmidt, segundo a AFP.

O ex-líder social-democrata, que foi chanceler entre 1974 e 1982, morreu em sua casa, em Hamburgo (norte), informou o Dr. Heiner Greten. Hospitalizado em agosto para a desidratação e operado em setembro por um coágulo de sangue em uma perna, Helmut Schmidt sofria de uma infecção indefinida e tinha "praticamente nenhuma resistência", indicou o médico a um jornal local.

Segundo o Dr. Heiner Greten, questionado nesta terça-feira pelo Hamburger Abendblatt, era "a sua vontade e a de sua família" permanecer "em um ambiente familiar", em vez de se submeter a uma nova hospitalização. Fumante inveterado, equipado com um marca-passo desde 1981, Helmut Schmidt foi vítima de um ataque cardíaco em 2012 e foi submetido a uma cirurgia para realizar uma ponte de safena.

Chanceler em 1974, após a renúncia de outra grande figura da social-democracia alemã, Willy Brandt, Helmut Schmidt foi reconduzido em 1976 e 1980. Inflexível ante a violência do grupo de extrema-esquerda "Facção do Exército Vermelho" (RAF), conduziu reformas sociais. O "Chanceler de Ferro" foi o primeiro a denunciar a implantação de foguetes SS-20 soviéticos em 1977 e a defender os euro-mísseis da Otan. Europeu convicto, ele havia criticado a forma como seu sucessor Helmut Kohl conduziu a unificação da Alemanha.

Helmut Schmidt também foi o "pai", ao lado do ex-presidente francês Valéry Giscard d'Estaing, do Sistema Monetário Europeu (SME). Aposentou-se da vida política há mais de 30 anos, mas continuou a contribuir para os debates políticos e intelectuais de seu país.

Autor de trinta livros, foi editor (1983) e diretor (1985-1989) de "Die Zeit", uma das revistas alemãs de mais prestígio.

AFP

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