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Mãe e filho separados pela ditadura se reencontram na Argentina

Segundo uma fonte, a mãe foi ameaçada a se manter em silêncio sobre o ocorrido

17:45 | 30/11/2015

Mãe e filho vão se reencontrar nesta terça-feira, 01, em Buenos Aires, Argentina. Separada do filhos há 38 anos, na ditadura argentina (1976-1983), ela deu à luz em um cativeiro e foi liberta dois anos depois, sem saber nada de seu bebê.

A criança é o neto número 119 recuperado pela organização Avós da Praça de Maio. Ambos se reencontraram nas instâncias da associação humanitária que anunciou, nesta segunda, a localização deste neto, roubado ao nascer pela ditadura, informou à AFP uma fonte da entidade.

[SAIBAMAIS2]"Conversei estes dias com minha mãe, que está relembrando de momentos muito duros e me contou que recuperou a liberdade após dois anos de cativeiro, mas sempre ameaçada para que mantivesse silêncio sobre o ocorrido", disse Mario Bravo à FM Renacer sobre sua própria história.

Os detalhes sobre a filiação e as circunstâncias de seu nascimento serão apresentados pelas Avós em uma coletiva de imprensa na tarde de terça-feira. A organização informou que Bravo tem irmãs mais velhas e, para protegê-las, sua mãe guardou segredo sobre o que aconteceu depois que foi solta. Seu pai nunca foi encontrado.

De acordo com o relato, ele acreditava que poderia ser filho de desaparecidos e, por isso, procurou a organização humanitária em 2007. "Eu não imaginava que poderia encontrar minha mãe viva. É um caso único. Esperemos, queira Deus, que haja outros casos como o meu", disse.

AFP 

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