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"Herói" morre após salvar amiga em massacre de Paris

Amigos do congolense Ludovic Boumbas criaram página "memorial" no Facebook para homenageá-lo. Pelo menos 19 pessoas morreram e nove estão hospitalizadas

14:45 | 17/11/2015
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O último fim de semana de Paris ficou marcado pelos atos de terrorismo, mas a medida que as vitimas são identificadas suas histórias começam a emergir. Na noite dos atentados, um homem evitou que sua amiga fosse vítima de um atirador, no La Belle Epoque, um restaurante intimista da capital francesa. Ludovic Boumbas, 40, morreu após se jogar na frente de Chloé Clement para salvá-la de uma bala. Pelo menos 19 pessoas morreram no local.
 
O ato de heroísmo salvou a vida de Clement, mas não impediu que ela fosse baleada no braço. A jovem francesa está hospitalizada em estado crítico. De acordo com amigos que a visitaram, Chloé está em "estado de choque". Segundo relato de um amigo ao jornal britânico Daily Mail, ela se sente culpada pela morte do amigo e estaria repetindo o nome de Ludo a todo momento. 
 
"Ele amava as pessoas" 
 
[SAIBAMAIS4]Amigos que sobreviveram classificam Boumbas como "uma boa pessoa". "Ele amava viajar pelo mundo e, acima de tudo, ele amava as pessoas. Ele era um dos bons, uma boa pessoa. Ele não perdia uma chance", disse um amigo.
 
Nascido no Congo, Ludo cresceu na cidade de Lillo, norte da França, e atualmente travalhava na transportadora FedEx. Para homenageá-lo, amigos criaram uma página no Facebook. Rapidamente, o espaço ficou repleto de mensagens de amigos que disseram que ele agiu como "herói". 

Os criminosos interromperam o jantar de aniversário da tunisiana Houda Saadi, que completava 35 anos na ocasião. A garçonete e a irmã, Halima, estão entre os mortos. Halima Saadi, era mãe de duas crianças, de três e seis anos. O crime ocorreu quando dois homens chegaram em veículo preto, e atiraram contra as pessoas que estavam no terraço do restaurante, na Rue de Charonne. A ocorrência foi por volta de 21h35min da última sexta-feira, 13. 
 
Testemunhas 
 
Um morador da região, David Hadjadje, de 31 anos, contou a jornais locais que percebeu o "pânico" no local. Segundo ele, "algumas pessoas estavam bêbadas e, por isso, não entendiam exatamente o que estava acontecendo". Outra testemunha contou à BBC que o ato durou "pelo menos três minutos" e logo os atiradores seguiram em direção a estação de metrô Charonne. Nove pessoas estão hospitalizadas em estado grave.
 
Um funcionário do restaurante relatou que, ao chegar no restaurante no qual trabalha, deu de cara com os corpos espalhados pelo local. "Primeiro eu quase tive um colapso pelo susto dos tiros, e depois vi as pessoas mortas no chão e nas mesas", disse Romain Ranouil. "Um homem estava em estado de choque. Uma de suas irmãs morreu nos braços dele e a outra irmã que foi atingida a cabeça morreu no hospital".

Ranouil foi uma peça-chave no apoio às vítimas do incidente e não deixou o local até as 4 horas da manhã, quando muito já havia sido encaminhado. Os médicos estavam sobrecarreados com o número de feridos. "Eles foram obrigados a deixar os que não tinham chance de sobreviver para ajudar as pessoas que ainda poderiam ser socorridas", relatou.
Redação O POVO Online 
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