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França faz novo ataque aéreo a reduto do Estado Islâmico na Síria

A aviação francesa já tinha feito, na madrugada dessa segunda-feira, 16, bombardeios contra a cidade de Raqa, em resposta aos atentados terroristas em Paris

07:42 | 17/11/2015
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A aviação francesa bombardeou novamente o principal reduto do grupo extremista Estado Islâmico no Norte da Síria, destruindo um centro de comando e um centro de treinamento, anunciou o Estado-Maior das Forças Armadas da França.

“As Forças Armadas francesas fizeram, pela segunda vez no espaço de 24 horas, um ataque aéreo contra o Daech [nome do Estado Islâmico em árabe] em Raqa, na Síria", informou o Estado-Maior, em comunicado.

A aviação francesa já tinha feito, na madrugada dessa segunda-feira, 16, bombardeios contra a cidade de Raqa, em resposta aos atentados terroristas em Paris na sexta-feira, em que morreram pelo menos 129 pessoas e mais de 400 ficaram feridas.

O ataque foi realizado por “dez aviões caça – Rafale e Mirage 2000 –, a partir dos Emirados Árabes Unidos e da Jordânia”. Eles lançaram 16 bombas, numa missão semelhante à que foi feita na madrugada de ontem. "Os dois alvos foram atacados e destruídos simultâneamente”, acrescenta o texto.

"Conduzido em coordenação com as forças norte-americanas, o ataque teve como alvo locais identificados durante missões de reconhecimento previamente feitas pela França”, segundo o texto.

O presidente francês, François Hollande, anunciou que a resposta seria “implacável” após os atentados de sexta-feira, os mais sangrentos cometidos no país.

Os atentados de Paris foram reivindicados pelo grupo extremista Estado Islâmico. Desde os atentados, os Estados Unidos e a França decidiram aumentar as trocas de reconhecimento sobre potenciais alvos.

A França vai intensificar as operações contra o Estado Islâmico na Síria, graças às informações obtidas e ao deslocamento do porta-aviões Charles de Gaulle, que vai triplicar a capacidade de ataques.

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Apoio militar

A França pediu nesta terça-feira, 17, apoio dos demais países da União Europeia (UE) na luta contra o grupo Estado Islâmico (EI) no Iraque e na Síria, assim como em operações militares no exterior, sobretudo na África.

"A França não poderá estar sozinha nestes cenários de operações contra os jihadistas", disse o ministro da Defesa Jean-Yves Le Drian em uma reunião com seus colegas do bloco em Bruxelas, segundo uma fonte de sua equipe.

"A França pede a seus sócios europeus apoio, de maneira bilateral, na medida de suas possibilidades, na luta contra o Daesh (acrônimo em árabe do EI) no Iraque e na Síria", disse Le Drian, de acordo com a mesma fonte.

O ministro também pediu "uma participação militar maior dos Estados membros nos cenários de operações nos quais a França está mobilizada", principalmente na África.

Tropas francesas participam na luta contra os grupos jihadistas no Sahel africano e bombardeiam posições do EI no Iraque e na Síria.
A reunião acontece poucos dias depois dos atentados reivindicados pelo EI que deixaram 129 mortos em Paris.

[SAIBAMAIS 6] 

O presidente francês, François Hollande, antecipou em um discurso na segunda-feira no Parlamento que pretende solicitar ajuda aos sócios da UE, invocando o artigo 42-7 da União Europeia.

Esta é a primeira vez que se invoca este artigo, similar ao artigo 5 da Otan, que serviu de amparo aos Estados Unidos após os atentados de 11 de setembro de 2001 para que a Aliança Atlântica atuasse no Afeganistão.

O recurso a este artigo "tem um alcance simbólico", disse outra fonte da equipe do ministro. "Os países da UE poderiam assim participar mais concretamente na luta contra o terrorismo, mesmo que seja com a oferta de uma contribuição ao Exército francês nos locais em que está mobilizado", completou.

"A França pede ajuda neste momento difícil, quando a UE é atacada", afirmou a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, segundo a fonte da equipe do ministro francês.

 

 

 

Redação O POVO Online

com informações da Agência Brasil e AFP

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