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EUA diz que passagem de navio no Mar do Sul da China não é ameaça militar

10:00 | 03/11/2015
A passagem de um navio da Marinha dos EUA na semana passada perto das ilhas artificiais no Mar do Sul da China não é uma ameaça militar, disse o chefe das forças militares dos EUA no Pacífico, Harry B. Harris, nesta terça-feira, em um discurso na maior parte otimista sobre perspectivas de prevenção nas disputadas entre os EUA e a China após uma escalada no conflito.

Harry B. Harris citou uma recente declaração do secretário de Defesa norte-americano, Ash Carter, que a ordem internacional "enfrenta desafios da Rússia e, de uma maneira diferente, da China, com as suas reivindicações marítimas ambíguas", incluindo a alegação de Pequim para quase todo o Mar do Sul da China.

No entanto, Harris disse que a decisão de enviar o USS Lassen, um míssil teleguiado, na semana passada ao Mar do Sul da China, foi tomada para demonstrar o princípio da liberdade de navegação.

"Eu realmente acredito que essas operações de rotina não devem ser interpretadas como uma

ameaça para qualquer país", disse Harris, de acordo com suas observações preparadas.

Estas operações "servem para proteger os direitos, liberdades e usos legais do mar e do espaço aéreo garantido para todas as nações sob a lei internacional".

Na semana passada, o navio USS Lassen passou por uma área reivindicada pela China e pelas Filipinas. Desde 2013, a China acelerou suas ações para garantir o controle da área, construindo ilhas artificiais. Além disso, foram construídos também prédios, portos e pistas de pouso grandes o suficiente para receber jatos de combate, o que é visto como uma tentativa de mudar o status territorial da região. Para os EUA, a China fez as construções em águas internacionais e não pode reivindicar a área como seu território.

Durante uma reunião de autoridades militares do alto escalão dos EUA e da China nesta terça-feira em Pequim, o principal general chinês expressou novamente o ressentimento de seu país

sobre o navio de guerra dos EUA que navegou pelas águas reivindicadas pela China, ao mesmo tempo, expressando esperança de que os dois lados poderiam construir ainda mais a confiança.

A China protestou contra a patrulha de Lassen, chamando-a de "provocação deliberada" e enviou dois navios de guerra para acompanhar o navio norte-americano, além de ter emitido avisos. Embora a China classificou a ação como ilegal, a lei internacional permite que

navios de guerra passem por águas territoriais "em outros países sob o princípio de passagem inocente".

Na reunião de hoje entre Harris e o general Fang Fenghui, chefe geral das forças armadas da China, Fang disse que a embarcação dos EUA lançou um impasse nas negociações e reiterou que as reivindicações chinesas para Mar da China Meridional vêm desde os tempos antigos. Fonte: Associated Press.

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