O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, já enfrenta o primeiro teste em sua missão de melhorar as relações com os Estados Unidos, dois dias após tomar posse. Nesta sexta-feira, a Casa Branca rejeitou a proposta de construção do oleoduto Keystone XL, entre o estado canadense de Alberta e o Texas.

Mesmo não sendo uma surpresa, a decisão do presidente Barack Obama representa um retrocesso para o setor de energia do Canadá, que havia dado muita importância ao projeto. Na Casa Branca, Obama falou que Trudeau se mostrou "desapontado" com a decisão em uma ligação telefônica entre os dois líderes.

Ainda de acordo com o presidente norte-americano, ele e Trudeau acordaram que diversos assuntos, incluindo energia e alterações climáticas, "devem fornecer a base para uma cooperação ainda mais forte entre os países daqui para frente".

Trudeau já havia dito anteriormente que a relação entre Estados Unidos e Canadá sofreu um desgaste desnecessário, porque o seu antecessor, Stephen Harper, focou muito em tentar aprovar a obra de Keystone.

O diretor do programa de segurança global e política do Centro para Inovação em Governança Internacional, Fen Osler Hampson, baseado no Canadá, disse que a rejeição da obra é um "tapa na cara". "Isso mostra que Obama põe assuntos internos na frente de relações bilaterais", disse.

Obama e Trudeau estarão na reunião do G-20, na Turquia, no fim do mês, e as autoridades canadenses tentam marcar o primeiro encontro entre os dois líderes. Fonte: Dow Jones Newswires.