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Que previsões "De volta para o futuro" acertou?

13:44 | 20/10/2015
Há 30 anos, roteiristas já imaginavam interfaces multimídia, controles de voz e comunicação por vídeo. Robôs que passeiam com os cães e skates flutuantes sem rodas, porém, ainda não são realidade. Em Seattle, nos Estados Unidos, um museu preserva, protegidos por vidros, itens extremamente raros: três Hoverboards. O skate sem rodas era uma das estrelas do filme "De volta para o futuro 2". Foi nele que Marty McFly (Michael J. Fox) circulou durante parte do tempo em que passou no que era futuro então: 21 de outubro de 2015. Trinta anos depois, no futuro, a franquia é homenageada em todo o mundo com festas e maratonas de exibição. Mas, será que o filme conseguiu acertar alguma previsão? Antes de mais nada, Hoverboards não estão à venda no mercado. Na internet, é possível encontrar alguns vídeos do skate flutuante sem rodas, mas são falsificações ou modelos que funcionam apenas em solos muito específicos, como o protótipo de levitação magnética da fabricante de automóveis Lexus. Não temos também robôs que levam os cães para passear, nem casacos que se ajustam ao tamanho da pessoa e secam instantaneamente. Leitores de impressão digital no lugar de maçanetas até já existem, mas não são tão comuns. A máquina que transforma, em poucos segundos, uma minipizza numa grande pizza quentinha, seria algo típico americano, mas tampouco foi inventado. O mesmo vale para os carros voadores, em que nem os próprios criadores do filme acreditavam. "Mas, em um filme sobre o futuro, precisávamos de carros voadores", disse há cinco anos Bob Gale, um dos roteiristas do filme. Então, todas as previsões falharam? Não exatamente. Em muitos aspectos, os cineastas foram videntes surpreendentes. No futuro, telas planas estariam espalhadas por todos os lugares isso não era previsível em meados dos anos 1980. As pessoas se comunicariam por vídeo, assim como é possível fazer hoje mas não há sinais no filme de celulares ou internet. Segundo o filme, avisos chegariam por fax em 2015. Fax! Há, porém, um computador da Apple em uma loja de antiguidades já é possível encontrá-los nesses estabelecimentos, não a preços muito baixos. O filme acertou também ao apontar os asiáticos como peças-chave da economia, e um cartaz até anunciava "férias de surfe" no Vietnã. Dez anos após o fim da Guerra do Vietnã, o que era um absurdo para um americano nos anos 1980, agora pode ser absolutamente normal. Má notícia: a chuva não para em um segundo. A boa notícia é que a inflação americana não está tão alta para ser preciso comprar uma Pepsi com uma nota de 50 dólares embora a edição limitada de 6.500 garrafas da "Pepsi Perfeita", feita especialmente para o filme, possa valer um bom dinheiro como item de colecionador. Controle de voz no dia a dia e interfaces multimídia, tudo já estava no filme. Ele apresenta até um óculos no estilo do Google Glass, e quando os dados pessoais de quem faz uma ligação são exibidos no visor, parece quase um Facebook 15 anos antes do Facebook. Quando se trata de energia, ainda não estamos naquele futuro. Porque quando o Doc Brown (Christopher Lloyd) precisa de eletricidade, basta ele jogar alguns resíduos de cozinha no reator "Mr. Fusão". Ele não só fornece energia para a máquina do tempo, o "compensador de fluxo", como é praticamente "made in Germany": a base para o dispositivo era um moedor de café Krups. AF/dpa
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