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Pesquisa mostra que maioria dos alemães teme crise dos refugiados

16:37 | 02/10/2015
Situação se inverte: novo levantamento mostra que 51% dos alemães está preocupada com a evolução da crise dos refugiados, ante 38% em setembro. Merkel perde popularidade. Uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira (02/10) indica uma mudança na atitude dos alemães em relação à crise dos refugiados, com o aumento do percentual de pessoas que dizem temer que o número de refugiados que entram no país seja alto demais. A enquete foi encomendada pela emissora pública de televisão ARD e vários jornais alemães. Na pesquisa realizada entre 28 e 29 de setembro com 1.001 eleitores, 51% dos entrevistados responderam "sim" à pergunta "Você tem medo de que refugiados demais venham para a Alemanha?". No mês anterior, eram 38%. O "não" caiu de 59% para 47%. A pesquisa mostra também diferenças regionais: 59% dos entrevistados no Leste alemão expressam apreensão. Já o índice no Oeste alemão é de 48%. Os pesquisadores também verificaram um aumento no ceticismo em relação à imigração de um modo geral, com 35% dos participantes afirmando que ela traz mais vantagens do que desvantagens e 44% afirmando o contrário. Em setembro, os percentuais eram 45% e 33%, respectivamente. Caindo nas pesquisas A enquete indica também uma ligeira queda na popularidade do partido da chanceler federal Angela Merkel, a União Democrata Cristã (CDU), e sua parceira da Baviera, a União Social Cristã (CSU). A pesquisa mostra que 40% dos eleitores votariam no partido, em comparação com os 42% do mês anterior. A pesquisa verificou também uma queda de pontos percentuais na avaliação do trabalho de Merkel, que recuou para 54%. A chanceler federal flexibilizou as regras para os refugiados sírios no final de agosto, permitindo a eles pedir asilo na Alemanha em vez de no país da União Europeia onde primeiramente chegaram. Em contrapartida, o líder da CSU, Horst Seehofer, que tem sido um crítico aberto da política migratória de Merkel, viu sua popularidade aumentar para 39%, em comparação com os 28% registrados no final de agosto. FC/afp/dpa/rtr
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