Netanyahu acusa lideranças palestinas de incitarem onda de violência em Israel
Kerry condenou os ataques e pediu um fim a todos os atos de instigação e toda a violência. Enquanto o encontro acontecia, dois palestinos vestindo camisas com slogans associados com o braço armado do Hamas (al-Qassem) atacaram um civil israelense, na cidade de Ramat Gan. Um morreu no local e o outro permanece em estado grave.
Netanyahu e Kerry estão reunidos em Berlim para discutir possíveis soluções para acabar com a onda de violência. "A violência tem que acabar para não ocasionar um conflito maior", disse Kerry. O secretário de Estado dos EUA também planeja viajar para o Oriente Médio neste fim de semana para conversar com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas.
"Eu acho que é hora de a comunidade internacional dizer claramente ao presidente Abbas para parar de espalhar mentiras sobre Israel", disse o primeiro-ministro. "Mentiras que Israel quer mudar o status quo no Monte do Templo, que Israel quer derrubar a Mesquita de Al-Aqsa, que Israel está executando palestinos. Tudo isso é falso", acrescentou.
Netanyahu disse que Israel está empenhado em manter o status quo no Monte do Templo, o local mais sagrado do judaísmo e o lar dos templos bíblicos. Para os muçulmanos, é conhecido como o Nobre Santuário, lar da Mesquita de Al-Aqsa, o terceiro lugar mais sagrado no Islã e um símbolo nacional chave para os palestinos. O local, capturado por Israel da Jordânia em 1967 durante a guerra no Oriente Médio, é um ponto de inflamação frequente de violência.
Os palestinos acusam Israel de tentar mudar o status quo do local, que permite os judeus visitarem o local, mas não para orar. Eles apontam para um crescente número de visitantes judeus que procuram uma presença judaica ampliada e direitos de oração no local. Fonte: Associated Press.