Enrique Peñalosa Londoño, que governou a capital da Colômbia há mais de 15 anos e se apresentava pela sexta vez como candidato à prefeitura da cidade, conseguiu vencer a disputa e voltar ao posto, após perder em 2007 e 2011.

Em nível nacional, as eleições regionais deram uma importante vitória para o partido Cambio Radical, que conseguiu 14 governos, com seus próprios candidatos ou em aliança com outros movimentos políticos. O resultado do partido, dirigido pelo vice-presidente Germán Vargas Lleras, coloca o vice como possível candidato para suceder Juan Manuel Santos nas eleições gerais de 2018.

A esquerda, representada pelo Polo Democrático Alternativo, e o direitista Centro Democrático perderam espaço entre os eleitores. O Centro Democrático, fundado pelo ex-presidente Álvaro Uribe, não conseguiu obter seus alvos mais desejados: o governo da Antioquia e a cidade de Medellín.

A candidata Clara López não conseguiu renovar o mandato da esquerda em Bogotá, após 12 anos de governo, ficando com apenas 18% dos votos. O candidato de Uribe, Francisco Santos Calderón, ficou em quarto, com 12%.

Reeleito após 18 anos de sua primeira vitória, Peñalosa disse que quando se tem paixão "é preciso persistir". Ele conseguiu 33% dos votos, quase 125 mil votos a mais que o segundo lugar, o ex-ministro da Defesa Rafael Pardo, do Partido Liberal, que teve 28,5% dos votos.

Em suas primeiras palavras após confirmar a vitória, Peñalosa, que encabeça um movimento político independente, registrado para competir nas eleições com a assinatura de milhares de seguidores, disse que pretende fazer um governo "sem política", sem polarização nem divisões, onde os pobres e as crianças serão a prioridade. O político de 61 anos foi prefeito entre 1998 e 2000 e é recordado por colocar em funcionamento o popular sistema de transporte público Transmilenio, bem como pela construção de 300 quilômetros de ciclofaixas e por uma ampla rede de bibliotecas em bairros populares e por dezenas de parques e outras zonas verdes. Fonte: Associated Press.