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FMI diz que Ucrânia precisa rever orçamento e prevê contração de 11% no PIB

12:50 | 03/10/2015
O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou hoje sua segunda revisão sobre o programa de resgate da Ucrânia. A instituição disse que houve acordo sobre alguns pontos, mas que o governo ainda precisa rever seu orçamento de 2016. Para este ano, o Fundo reduziu sua projeção e agora espera contração de 11% no PIB.

O FMI diz que, após uma profunda recessão, a situação macroeconômica na Ucrânia começa gradualmente a se estabilizar. A instituição afirma que a taxa de câmbio está menos volátil, os depósitos em moeda local aumentaram, a inflação está cedendo e as reservas internacionais também cresceram.

"Apesar desses desdobramentos positivos, em função da contração econômica maior do que o esperado na primeira metade do ano, reduzimos nossa projeção de crescimento para 2015 a -11%. O crescimento deve atingir 2% em 2016, com a recuperação da confiança de investidores e consumidores, uma melhora no desempenho das exportações e uma suavização gradual nas condições de crédito", diz em comunicado o chefe da missão do FMI para o país, Nikolay Gueorguiev.

Segundo o FMI, as autoridades ucranianas reconhecem que é necessária uma implementação decisiva das reformas econômicas. A meta estabelecida pelo Fundo é de um déficit de 3,7% do PIB em 2016. Para isso serão precisos esforços para compensar a perda de receitas extraordinárias e também para cobrir gastos, incluindo o subsídio para energia elétrica residencial. "As discussões sobre as reformas para dar suporte ao pacote de política fiscal para 2016 continuam", afirma a instituição.

O FMI elogia a reabilitação do sistema bancário, o avanço com as privatizações e a melhora na governança, mas aponta que ainda é preciso mais trabalho para restaurar um crescimento econômico robusto e sustentável. Segundo o Fundo, o governo ucraniano está esperando uma ampla participação dos credores europeus na recém-lançada reestruturação da dívida. "Um apoio financeiro contínuo por parte dos credores públicos e privados é vital para o sucesso do programa de resgate", diz o relatório.

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