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Famílias de vítimas do voo 4U-9525 podem acionar Justiça dos EUA

16:04 | 11/10/2015
Parentes dos passageiros mortos na queda do avião da Germanwings em março recusam a indenização oferecida pela empresa e podem abrir processo em tribunal americano. As famílias das vítimas do voo 4U-9525 da Germanwings, que caiu nos alpes franceses há seis meses, abriram o caminho para que seus advogados entrem com ações na Justiça dos Estados Unidos contra a empresa aérea Lufthansa, da qual a Germanwings é subsidiária. Consideraram "ridiculamente pequena" a indenização oferecida pela firma alemã, a grande maioria dos familiares decidiu autorizar seus representantes jurídicos a adotarem a estratégia, informou o advogado especializado em aviação Elmar Giemulla. Seu escritório representra 39 famílias atingidas pelo acidente. No sábado, mais de 100 familiares se reuniram num hotel em Düsseldorf para discutir os procedimentos futuros. Ainda está em aberto se eles vão de fato acionar um tribunal americano. "Tomando isso como ponto de partida, prosseguiremos com as negociações com a outra parte", informou Giemulla. No entanto, as iniciativas concretas são mantidas em sigilo. O advogado assegura que há chances de a queixa ser aceita do outro lado do Oceano Atlântico. Apenas semanas depois do acidente, quando se delineou a discrepância entre os pontos de vista da companhia e dos parentes, ele já ameaçara com um processo nos EUA, onde também é possível mover ação jurídica por danos emocionais. Até agora, os advogados das vítimas e a Lufthansa não chegaram a um acordo sobre as indenizações. A empresa ofereceu às famílias uma ajuda imediata de 50 mil euros. Além disso, seriam pagos 25 mil euros por cada pessoa morta no acidente, e os familiares mais próximos receberiam 10 mil euros adicionais, sem quaisquer outras condições. Os representantes das vítimas consideram os valores baixos demais. O avião da Germanwings colidiu com uma montanha em 24 de março último,, quando fazia a rota Barcelona-Dusseldorf. Todas as 150 pessoas a bordo morreram. Os investigadores concluíram que o copiloto da aeronave, Andreas Lubitz, provocou o acidente intecionalmente. Segundo a promotoria de Marselha, ele não tinha condições psíquicas para voar. RC/rtr/dpa
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