PUBLICIDADE
Notícias

Fabricante de armas processa Berlim por licença de exportação, diz jornal

18:33 | 29/10/2015
Segundo jornal "Süddeutsche Zeitung", Heckler & Koch entra com ação judicial contra governo alemão por este não ter autorizado o envio à Arábia Saudita de peças necessárias para produzir o fuzil G36. O fabricante alemão de armas Heckler & Koch está processando o governo alemão por este não ter dado a aprovação para exportar à Arábia Saudita peças necessárias para produzir o fuzil G36, informou o jornal alemão Süddeutsche Zeitung, nesta quinta-feira (29/10). Citando fontes do governo, o diário afirmou que o fabricante de armas entrou com uma ação no Tribunal Administrativa de Frankfurt contra o Departamento Federal de Controle Econômico e de Exportações (Bafa, sigla em alemão). A queixa vem depois de o governo federal ter suspendido, em meados do ano passado, a autorização da exportação de cinco componentes básicos necessários para construir uma arma, segundo o Süddeutsche Zeitung. Ainda citando fontes do governo, a matéria afirma que Heckler & Koch estão buscando um ressarcimento de dezenas de milhões de euros. De acordo com a legislação alemã, uma empresa pode processar autoridades federais quando um requerimento "não foi resolvido ou, sem motivo explícito, a decisão não foi tomada dentro de um tempo objetivamente razoável". O ministro da Economia da Alemanha, Sigmar Gabriel, tem recebido críticas, pois as exportações de armas de pequeno porte para países não membros da União Europeia (UE) e não membros da Otan triplicaram durante seu mandato. Em 2008, o governo da chanceler federal alemã, Angela Merkel, aprovou o controverso, mas lucrativo negócio de licenciamento para Heckler & Koch, que permitiu o fabricante construir uma planta de produção do fuzil G36 nos arredores da capital saudita Riad. Em fevereiro, a Alemanha voltou a autorizar algumas exportações de armas para Arábia Saudita, Kuwait e Egito países que têm sido criticados por serem violadores dos direitos humanos. Na semana passada, Berlim foi forçada a defender sua decisão de permitir a exportação de tanques e artilharia ao Catar, país que enviou tropas para combater no Iêmen. PV/rtr/dw
TAGS