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Embaixada da Rússia na Síria é atingida por morteiros durante manifestação

09:45 | 13/10/2015
Dois morteiros atingiram a embaixada da Rússia em Damasco, capital da Síria, na manhã desta terça-feira, depois que Moscou intensificou sua campanha de bombardeios em apoio ao presidente sírio, Bashar al-Assad. No momento dos ataques, uma manifestação com cerca de 300 pessoas em apoio ao governo e à Rússia ocorria em frente ao local. Não há relatos oficiais sobre feridos.

Outros morteiros caíram perto das 300 pessoas que tinham ido até a embaixada para agradecer a Rússia pelos ataques contra os adversários do governo sírio, de acordo com a agência estatal de notícias RIA. Os morteiros caíram por volta das 10h20 (4h20 de Brasília) nas instalações da embaixada, gerando pânico nos civis.

"É um flagrante de um ato de terror para assustar aqueles que apoiam a luta contra o terrorismo", disse Sergei Lavrov, ministro de Relações Exteriores da Rússia, acrescentando que nenhum membro da embaixada ficou ferido no ataque. Uma testemunha citada pela RIA disse algumas das pessoas que estavam em frente à embaixada ficaram feridas.

Por enquanto, nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelo ataque, mas grupos rebeldes islâmicos baseados nos subúrbios orientais de Damasco assumiram ataques anteriores contra a embaixada da Rússia, que foi atingida por armas de fogo em 20 de setembro, uma semana antes do início da campanha aérea de Moscou na Síria.

Um repórter da televisão estatal russa disse que os morteiros foram lançados a partir de uma parte da cidade controlada por forças da oposição.

"Nós não temos qualquer informação adicional como ainda, mas acreditamos que aqueles que são culpados serão reconhecidos", disse Lavrov.

Ele repetiu que Moscou está preparado para expandir a sua coalizão para outros membros da oposição com o objetivo de combater o Estado Islâmico. "Nós não temos nenhuma dúvida de que uma grande quantidade de munição vai atingir os terroristas", disse ele.

A Rússia, que iniciou uma série de ataques aéreos na Síria em apoio a Assad no final do mês passado, quase dobrou suas missões diárias nos últimos dias, quando as tropas de Assad realizam ofensiva terrestre.

O presidente russo, Vladimir Putin, tem dito que os caças estão realizando ataques contra "grupos terroristas", embora os EUA têm acusado o Kremlin de alvejar grupos de oposição ao governo no norte e ao sul de Damasco.

Os ataques russos têm aumentado as tensões entre Moscou e os EUA, cujos laços já estavam estremecidos por causa da crise com a Ucrânia.

Nesta terça-feira, Putin criticou a recusa dos EUA de compartilhar inteligência com as forças armadas russas. Fonte: Dow Jones Newswires.

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