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Cidade Velha de Jerusalém vedada a palestinos

11:11 | 04/10/2015
Após dois israelenses terem sido mortos por ataques neste fim de semana, polícia de Israel proibiu a entrada de palestinos na Cidade Velha de Jerusalém pelas próximas 48 horas. Neste domingo (04/10), a polícia israelense informou que, nos próximos dois dias, o acesso à Cidade Velha de Jerusalém está permitido somente para os palestinos que moram, estudam ou trabalham lá, como também para cidadãos israelenses e turistas. "Os regulamentos implementados são definitivamente necessários para lidar com os recentes ataques terroristas", informou o porta-voz da polícia israelense Micky Rosenfeld. A decisão inédita veio após um palestino ter esfaqueado um jovem israelense de 15 anos neste domingo. O agressor foi morto a tiros pela polícia. O jovem ferido foi levado para o hospital. Na noite de sábado, outro palestino agrediu a faca diversos membros de uma família judia na Cidade Velha de Jerusalém, matando dois homens. O palestino conseguiu sacar a arma de uma das vítimas, um soldado israelense de 21 anos, e passou a atirar num grupo de turistas e policiais, antes de ter sido morto a tiros. Numa ação de busca e apreensão num campo de refugiados na Cisjordânia, tropas israelenses feriram ao menos 30 palestinos e prenderam dois suspeitos, informou a mídia palestina. Fim dos acordos de paz Em Jerusalém vivem cerca de 300 mil palestinos, o que corresponde a um terço da população da cidade. A maioria deles tem status de residente na antiga metrópole, mas não possuem a cidadania israelense. No movimentado centro histórico de Jerusalém está localizada a maioria dos sítios muçulmanos, cristãos e judeus. A Cidade Velha também abriga o sensível complexo da mesquita Al-Aqsa, que os israelenses chamam de Monte do Templo. Além da proibição do ingresso à Cidade Velha, a polícia israelense também vetou o acesso à mesquita para homens palestinos abaixo dos 50 anos. Devido à disputa em torno da utilização do complexo, confrontos entre israelenses e palestinos têm se repetido com frequência nos últimos tempos. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, deverá se encontrar neste domingo com autoridades de segurança do país para decidir sobre uma "ofensiva dura contra o terrorismo islâmico palestino." Na última quarta-feira, o presidente da Autoridade Palestina, declarou em discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas que vai abandonar os acordos de paz com Israel. CA/afp/ap/dpa
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