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Ataque contra campo de exilados iranianos no Iraque deixa 26 mortos

Membros da oposição iraniana no exílio do Iraque sofreram ataque com foguetes em Bagdá

15:17 | 30/10/2015

Pelo menos 26 pessoas morreram e outras ficaram feridas em ataques com foguetes contra um campo em Bagdá de membros da oposição iraniana no exílio no Iraque, informou nesta sexta-feira o porta-voz do secretário-geral das Nações Unidas.

Ban Ki-moon "condena o ataque que ocorreu ontem (quinta-feira) contra o Campo Hurriya (liberdade em árabe), perto do Aeroporto Internacional de Bagdá, que matou pelo menos 26 pessoas e feriu muitas outras", disse o porta-voz em um comunicado. Ele ressaltou que os disparos também fizeram vítimas entre as forças de segurança iraquianas que estavam nas proximidades. O campo Liberty é uma antiga base americana no Iraque que desde 2011 acolhe centenas de membros dos Mujahedines do Povo do Irã, combatentes opositores ao regime em Teerã.

O Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR) condenou com firmeza este ataque, que qualificou como algo "deplorável". Segundo a ACNUR, o campo - situado próximo ao aeroporto de Bagdá - acolhe cerca de 2.200 refugiados. O secretário americano de Estado, John Kerry, disse que os "Estados Unidos condenam energicamente o brutal e sem sentido ataque terrorista ao Campo Hurriya, no qual morreram ou ficaram feridos residentes".

Os mujahedines fundaram em 1965 o grupo com a intenção de derrubar o regime do Xá do Irã e, posteriormente, passaram a combater o regime islâmico. Expulsos do Irã nos anos 80, o grupo se instalou no Iraque, onde apoiou Sadam Hussein na guerra contra seu próprio país.

Após a invasão do Iraque pelos Estados Unidos, em 2003, o novo governo em Bagdá, de maioria xiita, se aproximou de Teerã e considera a presença dos 'mujahedines' em seu território algo ruim.

AFP 

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