Sírios enfrentam dificuldades para deixar país com controles na Turquia
Forças de segurança da Turquia reforçaram o patrulhamento de estradas, buscando por veículos lotados de sírios que tenham atravessado a fronteira ilegalmente. Qualquer refugiado interceptado passa a noite na prisão e é enviado de volta à Síria pela manhã.
As medidas mais duras nas fronteiras levaram a uma queda no número de sírios que são oficialmente registrados como refugiados nos vizinhos Turquia, Jordânia e Líbano. Nos primeiros seis meses de 2015, o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados registrou menos da metade do número de pessoas que haviam atravessado no mesmo período do ano anterior. A agência considera que esse é o resultado de uma combinação de números impressionantes de refugiados somado a preocupações sobre segurança e recursos financeiros insuficientes.
Os obstáculos mais recentes para os sírios que tentam fugir do país estão na Turquia, onde cerca de 2 milhões de refugiados foram registrados pelas Nações Unidas Em meio a preocupações sobre combatentes internacionais como os do Estado Islâmico estarem usando a Turquia como rota para suprimentos, o que no início deste ano era uma fronteira relativamente aberta se transformou numa faixa fortificada de terra guardada por tropas turcas armadas em quilômetros de trincheiras e cercas de arame farpado.
Em março, a Turquia fechou parcialmente seus dois últimos pontos de travessia com a Síria que ainda estavam operacionais diante do medo de que ataques de militantes pudessem atrapalhar as eleições de junho. O fechamento levou a uma forte queda no número de sírios entrando legalmente na Turquia.
Em janeiro, autoridades libanesas começaram a exigir pela primeira vez que Sírios obtenham visto para entrar no Líbano. Soldados jordanianos permitem agora que 40 a 50 sírios entrem no país diariamente, queda ante centenas por dia há cerca de dois anos, segundo informam entidades de direitos humanos.
Uma única travessia de fronteira entre a Síria e o Iraque permanece aberta e é agora controlada pelo governo curdo semiautônomo da região norte do país. O grupo extremista Estado Islâmico controla outros postos de fronteira entre a Síria e o Iraque. Fonte: Dow Jones Newswires.