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Prêmie da Irlanda do Norte renuncia

19:51 | 10/09/2015
Ministros do governo também entregam cargos. Suspeita de continuidade de atividades do Exército Republicano Irlandês chega a Parlamento e causa ruptura em coalizão. O primeiro-ministro da Irlanda do Norte, Peter Robinson, do Partido Democrático Unionista (DUP), que é a favor da permanência da província no Reino Unido, renunciou nesta quinta-feira (10/09) e pediu ao governo britânico para suspender o Parlamento local, em meio a controvérsia sobre a continuidade das atividades do Exército Republicano Irlandês (IRA). Além de Robinson, quase todos os seus ministros entregaram os cargos. Apenas a ministra das Finanças Arlene Foster permaneceu no governo e substituirá interinamente o primeiro-ministro. A secretária britânica de Estado para a Irlanda do Norte, Theresa Villiers, afirmou que a renúncia dificulta o trabalho do Executivo e pediu que os partidos voltem à mesa de negociação. O primeiro-ministro britânico, David Cameron, disse que está "muito preocupado" com a situação. Robinson havia ameaçado renunciar na quarta-feira, caso a sessão do parlamento norte-irlandês não fosse suspensa, devido à perda de confiança no partido que governa a província ao lado do DUP. Volta do IRA O assassinato de um ex-atirador do IRA, em agosto, contribuiu para aumentar a crise política no governo norte-irlandês. A polícia suspeita que o grupo paramilitar esteja envolvido no crime. O caso culminou, na quarta-feira, com a prisão de membros do Sinn Féin, partido da coalizão, mas que defende a independência da Irlanda do Norte e foi o braço político da organização. Robinson e o DUP alegam que o assassinato revelou que o grupo paramilitar continua ativo e armado. O Sinn Féin nega as alegações. Como protesto contra o Sinn Féin, o segundo maior partido pró-Reino Unido da Irlanda do Norte, o Partido Unionista do Ulster (UUP), rompeu com o governo na última semana. O vice-primeiro-ministro, Martin McGuinness, do Sinn Féin, afirmou que a renúncia de Robinson estaria, na verdade, relacionada à rivalidade entre partidos pró-britânicos diante das eleições regionais no próximo ano. CN/rtr/afp/dpa/
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