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Egito perdoa jornalistas da Al Jazeera

14:42 | 23/09/2015
Baher Mohamed (d) e Mohamed Fahmy (e) foram libertados no EgitoApós polêmica condenação, presidente do Egito concede anistia ao canadense Mohammed Fahmy e ao egípcio Baher Mohamed. Jornalistas haviam sido sentenciados a três anos de prisão, acusados de difundir notícias falsas. Dois jornalistas da emissora árabe Al Jazeera, o canadense Mohammed Fahmy e o egípcio Baher Mohamed, foram libertados nesta quarta-feira (23/09) da prisão no Egito, após o presidente do país, Abdel Fattah al-Sisi, os conceder anistia. "Estou me sentindo em êxtase por saber que não preciso mais me preocupar com advogados, policiais me perseguindo por todos os lugares e por saber que esta noite vou dividir meu apartamento com minha amada esposa", afirmou Fahmy, após ser libertado. Os jornalistas disseram estar ansiosos para se reunirem com suas famílias, e Mohamed afirmou estar surpreso com a atitude de al-Sisi. Além dos dois, outros 100 presos, entre eles as ativistas Sana Seif e Yara Sallam, receberam o perdão, concedido pelo presidente egípcio na véspera de um feriado muçulmano. Num julgamento criticado internacionalmente, Fahmy, Mohamed e o colega australiano Peter Greste foram condenados, em agosto, a três anos de prisão, sob a acusação de difundir notícias falsas em apoio à Irmandade Muçulmana e trabalhar sem permissão no país. A agência de notícias estatal MENA disse que uma terceira pessoa envolvida no caso da Al Jazeera que incluía vários outros réus, entre eles Greste também foi perdoada, mas não foi identificada. O australiano foi deportado no início deste ano e julgado à revelia. No primeiro julgamento, em junho de 2014, os jornalistas foram sentenciados a sete anos de prisão. Fahmy, no entanto, foi condenado a três anos adicionais, após a polícia ter encontrado, durante uma busca em sua casa, uma bala de revólver que ele havia recolhido durante a cobertura de confrontos entre apoiadores da Irmandade Muçulmana e forças de segurança. Os três negaram jornalistas as acusações. Um tribunal de apelação anulou a sentença inicial, depois de concluir que houve escassez de provas contra os jornalistas. Logo após o anúncio do indulto, a Al Jazeera afirmou estar satisfeita com a libertação dos funcionários, mas disse que é difícil comemorar devido ao tempo que Fahmy e Mohamed passaram na prisão. "É difícil comemorar, pois esse episódio nunca deveria ter acontecido", ressaltou a emissora em comunicado. CN/afp/dpa/ap
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