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Chefe de Departamento alemão de Migração renuncia

10:37 | 17/09/2015
Em meio à crise migratória, Manfred Schmidt deixa presidência do Departamento Federal de Migração e Refugiados da Alemanha por "motivos pessoais". Órgão é criticado pela lentidão no processamento dos pedidos de asilo. O presidente do Departamento Federal de Migração e Refugiados da Alemanha (Bamf), Manfred Schmidt, pediu desligamento do cargo alegando "motivos pessoais", informou nesta quinta-feira (17/09) o Ministério do Interior em Berlim. O Bamf vinha sendo criticado pela lentidão no processamento de pedidos de asilo no país. Horst Seehofer, presidente da União Social Cristã (CSU) tradicional aliado da União Democrata Cristã (CDU), da chanceler federal Angela Merkel havia acusado o ministro do Interior, Thomas de Mazière, por falhas graves cometidas pelo Bamf no processamento dos pedidos de asilo. Seehofer afirmou que o órgão, submetido ao ministério, "agiu tarde demais e de modo inconsequente". O presidente da CSU, que também é o governador do estado da Baviera, ressaltou que o Bamf acumula cerca de "250 mil pedidos de asilo não processados". De Mazière lamentou a decisão de Schmidt, que estava no cargo desde 2010, afirmando que ele fez um "excelente trabalho" na atual crise migratória e destacou seu "comprometimento extraordinário" na presidência do Bamf. Para lidar com a crise atual, o governo federal reforçou repetidas vezes nos últimos meses o número de funcionários do Bamf. Estão previstos mais reforços, que deverão incluir a utilização de pessoal das agências alfandegárias e de funcionários aposentados. A organização humanitária de ajuda a refugiados Pro Asyl afirma que a culpa pela demora nos procedimentos de asilo não seria do Bamf, mas sim, do Ministério do Interior. A Pro Asyl também criticou os planos do governo de enrijecer as leis para requerentes de asilo. Enquanto isso, o número de pessoas que entram na Alemanha através da Áustria voltou a aumentar. A Polícia Federal contabilizou um total de 9,1 mil travessias não autorizadas da fronteira nesta quarta-feira. RC/afp/kna/dpa
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