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Uganda tem parada Gay um ano depois do fim de lei contra homossexuais

18:30 | 09/08/2015
Centenas de pessoas da comunidade gay na Uganda participaram de uma passeata no final de semana, vista como uma pequena vitória para os direitos dos gays depois que o governo tentou impor pena de prisão perpétua a atos homossexuais.

Gays, lésbicas e Transgêneros marcharam, dançaram e cantaram durante as celebrações do Orgulho Gay. Alguns usavam máscaras com medo de serem identificados. A manifestação ocorreu nas margens do Lago Victoria um ano depois que um tribunal derrubou a lei contra os homossexuais.

"É uma grande honra estar aqui hoje sem qualquer problema, disse Kasha Jacqueline, uma participante que, como outros, espera que a derrubada da lei leve a uma mudança da postura dura do governo contra a homossexualidade. "Estamos felizes que o governo entendeu que há temas mais urgentes que a orientação sexual das pessoas", declarou, "mas a luta continua".

Por muito tempo os gays na Uganda viveram vidas secretas, temendo perseguição por autoridades num país onde a homossexualidade segue sendo ilegal e onde visões conservadoras costumam prevalecer. No ano passado, o governo aprovou uma nova e draconiana lei antigays, a qual gerou forte crítica internacional e fez com que alguns países ocidentais congelassem milhões de dólares em ajuda ao país africano. A medida que tornava atos homossexuais puníveis com prisão perpétua foi comparada pelo secretário de Estado norte-americano John Kerry à legislação antissemita da Alemanha nazista.

Em meio à revolta internacional, a corte constitucional da Uganda derrubou a lei por um aspecto técnico. Legisladores conservadores querem retomar a medida que chegou a ser uma das mais duras de toda a África, ainda que atos homossexuais sejam considerados ilegais em 37 países do continente.

Ainda assim, alguns ativistas gays dizem que estão vendo um arrefecimento da pressão do governo nos últimos meses. Grupos de direitos dos homossexuais, antes banidos ou perseguidos pela polícia, tem conseguido atuar com mais liberdade, dizem.

No sábado, não houve nenhum manifestante antigay na marcha e a polícia garantiu a segurança dos participantes. Ainda assim, apenas 400 pessoas estavam presentes, embora os organizadores esperassem mais de mil pessoas para a parada. "Os riscos são enormes, muitos ainda têm medo", disse um dos organizadores. Fonte: Dow Jones Newswires.

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