PUBLICIDADE
Notícias

Prefeito quer proibir Parada do Orgulho Gay em Veneza

20:11 | 26/08/2015
Em entrevista ao jornal italiano "La Republica", Luigi Brugnaro chamou parada gay de "farsa". Declarações causaram indignação entre grupos de direitos humanos. O prefeito de Veneza, Luigi Brugnaro, afirmou nesta quarta-feira (27/08), ao jornal italiano La Republica, que, enquanto ele estiver no governo, nunca mais quer ver uma Parada do Orgulho Gay em sua cidade. Ele disse ainda que tais celebrações são "uma farsa". "Nunca mais haverá uma Parada do Orgulho Gay na minha cidade. Deixe-os ir e fazê-la em Milão ou em suas próprias casas", disse Brugnaro, empresário de centro-direita que foi eleito prefeito de Veneza em junho. As declarações de Brugnaro causaram a indignação de grupos de direitos humanos. O Arcigay, que organiza paradas gays em várias cidades italianas, inclusive Veneza, acusou o prefeito de atentar contra a reputação da cidade de aberta e com uma sociedade sofisticada. "Veneza não é sua cidade. No momento, ele está a governando, mas ele não vai durar muito tempo com a imagem de tolo que está fazendo de si mesmo", afirmou o presidente do Arcigay, Flavio Romani. O porta-voz do grupo Gay Center, Fabrizio Marrazzo, disse que esse tipo de discriminação não pode ser tolerada e pediu a organização de uma marcha do orgulho gay na cidade. "Nós temos que responder", ressaltou. Em meados de agosto, Brugnaro causou polêmica ao ordenar que livros que retratam casais formados por parceiros do mesmo sexo fossem recolhidos das escolas. O cantor Elton John, que tem dois filhos com seu parceiro David Furnish, condenou a proibição em redes sociais. Elton John chamou Brugnaro de "grosseiramente intolerante". O prefeito respondeu dizendo que o cantor não deve se meter nos negócios da cidade e afirmou que não é homofóbico. Ao jornal La Republica, ele ressaltou ter "amigos gays". A Itália é o único país da Europa ocidental que não reconhece a união homoafetiva. O governo federal está tentando aprovar uma legislação para conferir direitos a casais do mesmo sexo. CN/rtr/afp
TAGS