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ONG busca réplicas do caso Petrobras em outros países

09:57 | 19/08/2015
Transparência Internacional investiga se modelo de corrupção envolvendo empresas e poder político foi adotado também em sete outros países da América Latina. A Transparência Internacional (TI) anunciou nesta quarta-feira (19/08) que investigará possíveis replicações do modelo de corrupção na Petrobras em sete outros países da América Latina: Argentina, Chile, Guatemala, Panamá, Peru, República Dominicana e Venezuela. Em comunicado, a TI indicou que as investigações que acontecem no Brasil evidenciaram os vínculos que existem entre grandes empreiteiras e o poder político o que indica a possibilidade de réplicas desse modelo em outros países da região. A Justiça brasileira investiga cerca de 50 políticos e vários empresários suspeitos de superfaturar contratos entre construtoras e a estatal brasileira e desviar esses recursos para políticos e partidos. O escândalo ajudou a derrubar a popularidade do governo da presidente Dilma Rousseff para seus níveis mais baixos e provocou protestos de grande dimensão em todo o país, como os convocados no domingo em mais de 200 cidades. Diversos setores A organização anticorrupção cita como exemplo a Venezuela, onde quatro empresas investigadas no Brasil receberam mais de 30 contratos governamentais nos últimos anos o que, segundo as investigações da TI, cria a suspeita de "caixa dois" e possível ingerência política. As unidades da Transparência Internacional na Argentina, Chile, Guatemala, Panamá, Peru, República Dominicana e Venezuela requisitaram informações a seus respectivos governos sobre contratos celebrados com essas empresas. Serão realizadas investigações extensas, que vão desde os setores de transporte até o de infraestrutura de serviços básicos. A ONG internacional ressalta que o escândalo na Petrobras é um dos maiores já regitrados na região, causando grande impacto na sociedade brasileira tanto pelo montante financeiro envolvido quanto pelo descrédito imposto ao setor político. O diretor regional para as Américas da organização, Alejandro Salas, lembra que os sete países mencionados ratificaram a Convenção da ONU contra a Corrupção. A Transparência Internacional foi criada na Alemanha e tem sede em Berlim. MP/efe
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