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Morre Egon Bahr, articulador da "Ostpolitik" alemã

09:22 | 20/08/2015
Uma das principais figuras do Partido Social Democrata, político arquitetou estratégia de reaproximação com a antiga Alemanha Oriental e os países do Leste Europeu ao lado do chanceler federal Willy Brandt. Morreu nesta quarta-feira (19/08), aos 93 anos, Egon Bahr, veterano político do Partido Social Democrata alemão (SPD). Ele atuou como secretário de Estado da chancelaria alemã e como ministro durante o governo dos chanceleres federais Willy Brandt e Helmut Schmidt. "Foi com grande pesar e tristeza profunda que soubemos na noite passada da morte de Egon Bahr", declarou o líder do SPD e vice-chanceler federal alemão, Sigmar Gabriel. O partido lamentou a perda de um "grande, corajoso e sincero social-democrata, arquiteto da Reunificação alemã; um político pela paz e pela Europa", afirmou Gabriel. Bahr, nascido em 1922 em Treffurt, no estado da Turíngia, era um dos homens de confiança do chanceler federal social-democrata Willy Brandt. Juntos, os dois foram os articuladores da Ostpolitik na década de 1970, a política alemã que visava normalizar as relações da Alemanha Ocidental com os países do Leste Europeu e com a Alemanha Oriental. A aproximação com a União Soviética e a Alemanha Oriental foi fundamental para a futura superação da divisão da Alemanha e da Europa. Bahr também negociou um acordo entre soviéticos e poloneses para que ambos abrissem mão da violência e normalizassem as relações bilaterais. Após a renúncia de Brandt em 1974, Bahr atuou como ministro da Cooperação Econômica de Schmidt. Até recentemente, Bahr atuava como conselheiro de seu partido. "Sentiremos falta de suas análises brilhantes, sua racionalidade e paixão, mas também de seu temperamento e de seu humor", lamentou Gabriel. O nonagenário atuou na política até o fim da vida. No mês passado, Bahr se reuniu em Moscou com o ex-presidente da União Soviética Mikhail Gorbatchov, para discutir uma solução para o estremecimento das relações entre a Rússia e a Alemanha devido à atual crise no leste da Ucrânia. RC/dpa/dw
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