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Morre atirador que matou dois jornalistas ao vivo nos EUA

21:20 | 26/08/2015
A repórter Alison Parker e o cinegrafista Adam Ward, da WDBJ-TV, foram baleados durante uma entrevista ao vivo em um shopping center em Roanoke, na região central de Virgínia, nos EUA, por Vester Lee Flanagan II, antigo apresentador do mesmo canal.

Parker e Ward morreram, com Flanagan atirando mais de 15 vezes nas vítimas. A entrevistada, Vicki Gardner, foi baleada nas costas, mas passou por cirurgia e encontra-se em condição estável.

Flanagan filmou a si mesmo segurando a arma e atirando nos jornalistas e, logo após, postou as cenas no Twitter de um usuário chamado Bryce Williams - pseudônimo utilizado por Flanagan enquanto era apresentador da emissora. As imagens mostram um braço esticado segurando uma arma, enquanto Alison tenta fugir dos disparos aos gritos.

Flanagan é um ex-funcionário da WDBJ-TV, filiada da CBS. De acordo com o gerente-geral da emissora, Jeff Marks, Flanagan foi desligado da empresa há dois anos.

Ao fugir do local do crime, Flanagan atirou em si mesmo na rodovia interestadual 66, ao ser perseguido pela polícia, de acordo com autoridades locais. Ele morreu logo depois no hospital.

Além de postar o vídeo do crime no Twitter, Flanagan - que é negro - também escreveu que teve conflitos no trabalho com ambas as vítimas. Ele afirmou que registrou uma queixa na Comissão de Oportunidades Iguais no Trabalho contra Parker, que teria feito comentários racistas. Já Ward, segundo o autor das mensagens, fez queixa contra Flanagan nos Recursos Humanos da WDBJ-TV.

Marks disse que Flanagan alegou que outros funcionários da empresa haviam feito comentários racistas sobre ele, mas afirmou que suas queixas foram negadas pela Comissão, pois as alegações não foram confirmadas. "Acreditamos que as alegações foram fabricadas", disse Marks, gerente-geral da WDBJ-TV.

A ABC News afirmou que um homem que dizia ser Williams, o pseudônimo de Flanagan, ligou para a emissora afirmando que havia acabado de atirar em duas pessoas e estava enviando um documento de 23 páginas, que está sendo analisado por investigadores.

De acordo com a emissora, o homem afirmou no documento que havia comprado uma arma dois dias após o tiroteio em Charleston, na Carolina do Sul, em busca de vingança pela discriminação racial, sexual e bullying no trabalho - que disse que sofria por ser gay e negro.

As vítimas tinham relacionamentos com outros funcionários da WDBJ-TV. Parker namorava o âncora, Chris Hurst, que postou em mensagem nas mídias sociais que eles não falavam de seu relacionamento publicamente, mas "estavam muito apaixonados". Segundo as mensagens, eles haviam acabado de se mudar juntos e queriam se casar.

O cinegrafista, Ward, estava noivo da produtora da emissora, Melissa Ott, que celebrava seu último dia no trabalho e estava na sala de controle, assistindo a matéria ao vivo, quando iniciou o tiroteio. Fonte: Associated Press.

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