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Mensagens de promotor argentino foram apagas, diz advogado das filhas

00:20 | 20/08/2015
Advogados que representam as filhas do promotor argentino Alberto Nisman, encontrado com um tiro na cabeça em 18 de janeiro, sustentam que registros de ligações e mensagens de textos foram apagadas de seu celular no dia anterior. A dedução ocorre por meio do cruzamento entre o depoimento de pessoas que disseram ter falado com ele e a perícia feita no aparelho.

Em entrevista ao canal TN, o advogado Martín Romero Victorica afirmou nesta quarta-feira, 19, que a operação não poderia ser feita a distância. "A lógica diz que alguém entrou no apartamento e apagou os registros do telefone. Estamos convencidos de que foi colocado algum dispositivo para extrair os arquivos ou foi instalado um aplicativo que permite que se apague com segurança. São trabalhos feitos por um especialista em informática", afirmou em outra entrevista, à Rádio Mitre. Há uma semana, o especialista canadense Morgan Marquis-Boire disse ao jornal La Nación que o telefone do promotor tinha um vírus espião.

Ainda segundo o advogado Victorica, a perícia no corpo do promotor mostra um golpe acima do tornozelo esquerdo e outro no lado direito da cabeça. Esse é o resultado da análise feita por uma equipe de especialistas contratada pela família, que garante se tratar de um homicídio. O grupo de peritos oficiais discorda dessas conclusões.

Outro defensor das filhas de Nisman, Juan Pablo Vigliero, comparou toda a investigação a um bordel. Na terça-feira,18, ele afirmou que espiões vigiavam o prédio de Nisman, no bairro Puerto Madero. (Rodrigo Cavalheiro)

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