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Londres aumenta cerco a imigrantes ilegais

16:04 | 03/08/2015
Em resposta à crise migratória de Calais, governo Cameron anuncia que proprietários que alugarem imóveis a estrangeiros em situação irregular podem ser presos. "Ruas do Reino Unido não são feitas de ouro", diz ministra. O governo britânico anunciou nesta segunda-feira (03/08) medidas mais duras para combater a imigração ilegal. Proprietários que alugarem imóveis para estrangeiros em situação irregular poderão ser condenados a até cinco anos de prisão. Com o anúncio da medida, que será introduzida na nova Lei de Imigração, o governo David Cameron dá uma resposta à crise migratória de Calais (França). "As ruas do Reino Unido não são feitas de ouro", disse a ministra do Interior britânica, Theresa May, numa frase que pode ser entendida como uma tentativa do governo de dissuadir os migrantes estacionados em Calais de cruzar o Eurotúnel e entrar no Reino Unido. Desde que foi reeleito, em maio, Cameron anunciou uma série de medidas para reduzir o número de migrantes que chegam ao Reino Unido. O debate sobre o tema se agravou após o aumento da corrente migratória em direção à região por meio do Eurotúnel. A medida anunciada nesta segunda-feira exige que o proprietário verifique a situação legal dos futuros inquilinos, responsabilizando-os judicialmente caso eles aceitem moradores em situação irregular. "Estamos determinados a reprimir os proprietários desonestos que fazem dinheiro com imigração ilegal, explorando pessoas vulneráveis e enfraquecendo nosso sistema de imigração", afirmou o ministro das Comunidades, Greg Clark A proposta foi incluída no novo projeto de lei sobre imigração que o governo britânico pretende apresentar ao Parlamento nos próximos meses. Entre outras medidas, o projeto prevê ainda a retenção de salários de imigrantes ilegais. Apesar do reforço policial na fronteira, refugiados continuam tentando atravessar o Canal da Mancha. Segundo fontes da polícia, somente nesta segunda-feira mais de 1,7 mil refugiados tentaram entraram ilegalmente no Reino Unido. Na última semana, somente em uma noite, mais de 2,3 mil pessoas tentaram atravessar o Eurotúnel. Segundo estimativas das autoridades, cerca de 3 mil migrantes se encontram em Calais, a maioria vinda de Afeganistão, Etiópia, Eritreia e Sudão. CN/dpa/lusa/afp
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