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Governo da Austrália promete cortar impostos, de olho em apoio eleitoral

14:35 | 24/08/2015
O governo conservador da Austrália prometeu cortar impostos, numa tentativa de reverter as pesquisas de opinião apontando para uma decisiva derrota do primeiro-ministro Tony Abbott nas próximas eleições e também para impulsionar a economia nacional, que enfrenta dificuldades.

O secretário do Tesouro, Joe Hockey, apresentou o sistema tributário como um "freio de mão estrutural" sobre o crescimento e os empregos. "É claramente hora de uma mudança", disse Hockey em Sidney nesta segunda-feira. Segundo ele, o sistema tributário está impedindo o país de atingir seu objetivo de possuir uma economia mais forte. Cortes de gastos maiores poderiam, lembrou o secretário, ajudar a financiar as mudanças propostas, que beneficiariam milhões de pessoas de classe média e alta.

Na semana passada, uma pesquisa de opinião deu ao Partido Trabalhista, de oposição, uma vantagem de 54% a 46% ante os conservadores liderados por Abbott, que assumiu há dois anos. O próprio premiê é alvo de pressão, com vários aliados dizendo que sua impopularidade pessoal é um problema na disputa nas urnas. Para os partidários de Abbott, um alívio nos impostos dá esperanças de uma vitória sobre os trabalhistas, vistos como menos confiáveis no gerenciamento da economia. Ainda assim, o desempenho fraco da economia nos últimos dois anos dificulta a tarefa do governo de afirmar que a missão foi cumprida.

Os trabalhistas disseram que a proposta de corte de juros não eram nada novo e não seriam a ruptura descrita pelo governo. "Quando Joe Hockey fala sobre um corte de impostos, você começa a colocar sua mão sobre a carteira", disse o líder oposicionista Bill Shorten a repórteres.

Boa parte da fraqueza da economia australiana está ligada à forte desaceleração no investimento em mineração, no fim de um boom no setor de uma década. As fortes quedas nos preços internacionais das commodities pioram a situação, reduzindo a receita fiscal, necessária para ajudar o governo a voltar a registrar superávit orçamentário, como prometido na última eleição. Fonte: Dow Jones Newswires.

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