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Governo alemão tenta evitar rebelião governista em voto sobre ajuda à Grécia

14:30 | 17/08/2015
Aliados da chanceler da Alemanha, Angela Merkel, intensificaram seus esforços nesta segunda-feira para impedir uma rebelião entre os governistas, dias antes de uma votação crucial na quarta-feira no Parlamento alemão de um novo pacote de ajuda para a Grécia, de 86 bilhões de euros (US$ 95 bilhões).

"Todos precisam pensar seriamente se podem justificar um não", disse Peter Tauber, secretário-geral da União Democrata Cristã, de Merkel, após uma reunião com líderes do partido em Berlim que pediram o apoio ao programa de resgate. A tentativa de manter uma frente unida é feita enquanto parlamentares devem questionar Merkel e o ministro das Finanças, Wolfgang Schäuble, sobre o futuro ainda incerto do papel do Fundo Monetário Internacional (FMI) na operação de resgate, quando eles interromperem seu recesso de verão para reuniões sobre o pacote em Berlim, nesta terça-feira.

A Alemanha, que fez da participação do FMI uma condição para seus próprios empréstimos, precisa, como vários Parlamentos da zona do euro, aprovar novas medidas de resgate para a Grécia antes de Atenas conseguir mais ajuda financeira.

Vários conservadores influentes nos últimos dias mostraram temor diante do fato de que o FMI - visto na Alemanha como um importante garantidor da disciplina fiscal - não tenha ainda assinado o acordo. Mas Merkel disse no domingo esperar totalmente que o FMI se una à iniciativa.

A aprovação do pacote de ajuda nesta quarta-feira parece quase certa. A coalizão de Merkel mantém 80% das cadeiras na Câmara dos Deputados. Mas a credibilidade dela junto aos alemães pode sofrer um abalo, se muitos parlamentares de seu próprio bloco votarem contra a medida, sobretudo se os contrários excederem os 60 que se opuseram a começar as negociações sobre o resgate no mês passado.

Por ora, o número de novos rebeldes parece pequeno. A União Social Cristã, parceiro da região da Baviera de Merkel, também pediu que seus congressistas apoiem o pacote. Nesta segunda-feira, o governo repetiu que o FMI precisa estar junto na iniciativa. "A participação do FMI permanece indispensável", afirmou um porta-voz do Ministério das Finanças alemão. Fonte: Dow Jones Newswires.

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