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"Estado Islâmico" captura dezenas de cristãos na Síria

07:37 | 07/08/2015
Extremistas sequestram mais de 200 civis, incluindo ao menos 60 cristãos, por "colaborarem com o regime", segundo Observatório Sírio dos Direitos Humanos. Outros 250 capturados em fevereiro continuam desaparecidos. Membros do grupo extremista "Estado Islâmico" (EI) capturaram mais de duzentos civis, incluindo cristãos, numa cidade na região central da Síria, disse nesta sexta-feira (07/08) o Observatório Sírio dos Direitos Humanos. "O Daesh [acrônimo em árabe para a organização terrorista] sequestrou ao menos 230 pessoas, incluindo ao menos 60 cristãos, durante uma ofensiva em Al-Qaryatain", afirmou Rami Abdel Rahman, diretor da organização que monitora a condição dos direitos humanos no país. Muitos dos cristãos haviam fugido da província de Aleppo, no norte da Síria, em busca de refúgio em Al-Qaryatain. Rahman disse que os sequestrados foram acusados pelo EI de "colaborar com o regime" sírio e que seus nomes constavam numa lista em posse dos jihadistas durante a ofensiva. Famílias que tentavam fugir ou se esconder foram capturadas pelos extremistas. Al-Qaryatain está localizada num ponto intermediário entre o território ocupado pelo EI na província de Homs, no leste, e a região de Qalamun, no oeste. Segundo um cristão sírio de Al-Qaryatain, que atualmente vive em Damasco, a população cristã na cidade foi reduzida para cerca de trezentas pessoas. Em maio, homens encapuzados sequestraram o padre católico sírio Jacques Mourad no monastério sírio Mar Elian, em Al-Qaryatain, próximo à cidade histórica de Palmira, controlada pelos jihadistas. Mourad, conhecido por prestar assistência a muçulmanos e cristãos, preparava ajuda humanitária para refugiados vindos de Palmira. Em fevereiro, os extremistas haviam capturado ao menos 250 cristãos assírios, muitos dos quais eram mulheres ou crianças, em ataques a vilarejos no norte da Síria. Até o momento, não se sabe o que aconteceu a muitas dessas pessoas, assim como a sacerdotes que estão desaparecidos. Entidades cristãs acreditam que os religiosos estejam sob poder do EI. RC/afp/rtr
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