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Cidadãos de Tianjin protestam e pedem indenizações após explosão danificar casas

09:30 | 17/08/2015
Cerca 100 pessoas que tiveram as casas danificadas nas explosões no porto em Tianjin, na China, se reuniram nesta segunda-feira em um protesto para exigir indenização do governo. O número de mortos no incidente subiu para 114 e 70 pessoas seguem desaparecidas, incluindo 64 bombeiros e seis policiais.

Um executivo da construtora China Vanke anunciou hoje que cerca de 5.200 unidades habitacionais foram afetadas pelas explosões que ocorreram na última quarta-feira à noite. As explosões aconteceram cerca de 40 minutos depois de relatos de um incêndio no armazém e depois da chegada dos bombeiros que, supostamente, encharcaram o local com água.

As explosões ocorreram em um armazém que continha cerca de 700 toneladas de cianeto de sódio, um produto químico tóxico que pode formar um gás altamente inflamável se entrar em contato com a água. A grande quantidade armazenada viola as regras de segurança do país, de armazenagem de no máximo 10 toneladas. Temores de contaminação fez com que a limpeza do local fosse expandida em três quilômetros, além da isolação da área ao redor do porto.

As regras de segurança da China exigem que essas instalações estejam a pelo menos um quilômetro de distância de residências, prédios públicos e rodovias. No entanto, o armazém da empresa de logística Ruihai International que continha os produtos tóxicos estava a 500 metros de casas e rodovias e a 10 quilômetros de um condomínio de apartamentos que tiveram as paredes chamuscadas e vidros quebrados.

Entre as palavras de ordem na manifestação, a população pedia para que o governo compre de volta suas casas e questionavam como as crianças poderão crescer em um ambiente saudável.

Nesta segunda-feira, Pequim ordenou uma fiscalização de segurança em todo o país e que todas as irregularidades fossem corrigidas dentro de cinco dias.

"Temos que investigar completamente (o incidente) e responsabilizar todos os culpados", disse o premiê, Li Keqiang. "Temos que dar uma resposta para as famílias das vítimas, uma resposta para todos os residentes de Tianjin, uma resposta para todo o povo chinês, e uma resposta para a história", acrescentou. Fonte: Dow Jones Newswires e Associated Press.

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