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Alemanha espera até 750 mil refugiados em 2015

09:20 | 18/08/2015
Refugiados se concentram diante de um centro de registro e acolhimento em BerlimPaís deve aumentar drasticamente sua previsão de requerentes de asilo, adianta o "Handelsblatt". Exepectativa atual é de 450 mil no ano. ONU pede que todos os países europeus façam sua parte para acolher os migrantes. O governo da Alemanha espera que 650 mil ou até 750 mil pessoas solicitem asilo no país em 2015, informou nesta nesta terça-feira (18/08) o jornal Handelsblatt, citando fontes do governo. A atual previsão do Departamento Federal para Migração e Refugiados é de que o país receba até 450 mil pedidos de asilo em 2015. Segundo o Handelsblatt, o ministro do Interior, Thomas de Mazière, deverá apresentar a nova previsão nesta quarta-feira. Uma consulta aos governos estaduais alemães revelou que o número de refugiados aumentou consideravelmente durante o verão europeu, escreve o Handelsblatt. Em Hamburgo, por exemplo, mais de 7,3 mil pessoas pediram asilo no segundo trimestre do ano. No primeiro trimestre haviam sido 6,7 mil. Somente em julho, 5,7 mil pessoas se candidataram. Uma situação semelhante é verificada em Baden-Württemberg, onde o número de pedidos de asilo chegou a quase 7,1 mil em julho duas vezes o registrado em maio, conforme o jornal. "Obrigação moral e legal" Diante do aumento do número de pessoas que pedem abrigo na Europa muitas delas fugindo de regiões de conflito e da pobreza no Oriente Médio e na África a ONU pediu para os países europeus fazerem a sua parte. "Temos de distribuir melhor a responsabilidade na Europa", disse o alto comissário da ONU para refugiados, António Guterres, ao jornal alemão Die Welt. "No longo prazo, não é sustentável que apenas dois países da União Europeia Alemanha e Suécia acolham a maioria dos refugiados com estruturas de asilo eficientes", disse. "A maioria das pessoas que vem de barco pelo Mediterrâneo está fugindo de conflitos e perseguição. Todos os Estados na Europa têm a obrigação moral de recebê-las bem e uma clara obrigação legal de protegê-las", afirmou Guterres. O ex-primeiro-ministro português também criticou meios de comunicação e até mesmo políticos por rotularem os refugiados como "parasitas que querem levar vantagem na prosperidade da Europa". "Fico preocupado quando refugiados são tachados de intrusos, desempregados e terroristas para estimular o medo nas pessoas. Isso é uma luta por valores", disse Guterres. Nos últimos meses, a Alemanha registrou ataques a residências de refugiados, aparentemente motivados por xenofobia. MP/dpa/afp
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