O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, apelou hoje à população que rejeite, no plebiscito a ser realizado neste domingo (05), as medidas de austeridade que os credores do país exigem para liberar novo auxílio financeiro a Atenas.

Tsipras, que falou em rede nacional de televisão, disse que a consulta não é uma votação sobre se a Grécia continuará ou não integrando a zona do euro. O premiê é a favor de que os gregos continuem no bloco, que é composto por 19 países.

Tsipras afirmou também que um relatório divulgado ontem pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), avaliando que Atenas precisa de um alívio de dívida, "justifica plenamente" a posição do governo grego de que a dívida do país é insustentável.

Segundo Tsipras, não faz sentido continuar impondo cortes de gastos e de salários e pensões apenas para manter o pagamento do serviço de uma dívida considerada insustentável.

No último dia de campanha antes do plebiscito, Tsipras pediu aos gregos que votem "não" para os "ultimatos, divisões e medo" e afirmou que o lugar da Grécia na Europa não está em risco. Para o premiê, a rejeição da proposta dos credores significa a continuidade das negociações com termos mais favoráveis. "Quando os gregos tomarem o controle, o país não terá nada a temer", disse.

Pesquisa do instituto Alco, divulgada mais cedo, mostrou que 44,8% dos entrevistados pretendem votar "sim" no domingo, ante 43,4% que planejam votar "não". Fonte: Associated Press/Dow Jones Newswires.