Policial americano alega ser inocente sobre assassinato de homem negro
A cidade de Cincinnati foi atingida por vários dias de distúrbios violentos após o homicídio de um homem negro desarmado em 2001
Um policial branco de Ohio que atirou em um homem negro durante uma blitz de rotina, atitude classificada por procuradores como "sem sentido" e movida por raiva, declarou-se inocente por homicídio, nesta quinta-feira, 30.
O caso vem à tona no momento em que os Estados Unidos lidam com o agravamento de tensões raciais na sequência de uma série de incidentes de alta repercussão envolvendo afro-americanos desarmados sendo assassinados por policiais em situações questionáveis.
Um juiz estipulou a fiança de um milhão de dólares a ser paga por Ray Tensing, em uma breve audiência transmitida pela televisão. Tensing, de 25 anos, não se pronunciou ao sair da corte algemado e vestindo um uniforme de presidiário preto e branco.
O agente, que atuava como policial do campus da Universidade de Cincinnati, inicialmente alegou que atirou depois que Sam DuBose tentou fugir em seu carro e o arrastou com ele. Porém, as câmeras acopladas ao uniforme do policial mostram que Tensing não esteve em perigo durante nenhum momento do incidente.
[saibamais 3] Os procuradores questionaram porque o policial tentou impedir DuBose de ir embora, em primeiro lugar, já que "ele não estava lidando com um suspeito de homicídio, mas apenas com alguém sem a placa do carro", disse o procurador Joseph Deters.
O vídeo mostra o policial se aproximando do carro e pedindo a DuBose sua careira de motorista e os documentos do veículo. O homem calmamente questiona porque foi parado e diz que esqueceu a carteira em casa. Menos de dois minutos depois, DuBose pega as chaves do carro e Tensing grita: "Pare!Pare!".
Em um piscar de olhos, uma arma aparece nas imagens e DuBose se joga no assento de seu carro. O vídeo pula para o momento em que Tensing persegue o carro atirando. DuBose morreu imediatamente, segundo Joseph.
A cidade de Cincinnati foi atingida por vários dias de distúrbios violentos após o homicídio de um homem negro desarmado em 2001.
AFP