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Pierre Nkurunziza garante terceiro mandato

18:38 | 24/07/2015
Com boicote da oposição, chefe de governo do Burúndi vence eleição presidencial ainda no primeiro turno. Comunidade internacional contesta credibilidade e teme que resultado possa desencadear novos conflitos étnicos. Com vitória ainda no primeiro turno, Pierre Nkurunziza garantiu o seu terceiro mandato como presidente do Burúndi. O chefe de governo burundiano recebeu 69,41% dos votos na eleição presidencial, anunciou o chefe da comissão eleitoral do país, Pierre Claver Ndayicariye, nesta sexta-feira (24/07). O resultado não surpreendeu, já que os partidos de oposição em grande parte boicotaram a votação, em meio a uma profunda crise política no país. A comissão eleitoral, no entanto, não removeu os nomes dos rivais de Nkurunziza da cédula de votação, argumentando que os principais candidatos da oposição não tinham seguido os procedimentos necessários para serem retirados da lista. Apesar do boicote, o oposicionista Agathon Rwasa recebeu quase 19% dos votos, segundo autoridade Uma instabilidade política já causou a morte de aproximadamente 100 pessoas e obrigou cerca de 150 mil pessoas a abandonar o país africano desde o fim de abril, quando Nkurunziza anunciou que iria buscar um terceiro mandato de cinco anos. A manobra é classificada como inconstitucional por críticos, já que o presidente do Burúndi pode ser reeleito somente uma vez. Nkurunzizia, porém, afirma que em seu primeiro mandato ele foi colocado no posto de chefe de governo do país pelo Parlamento burundiano e foi autorizado pela Justiça a concorrer novamente na eleição popular. Os Estados Unidos, a União Europeia (UE) e a Bélgica ex-colonizadora do país africano questionaram a credibilidade da eleição presidencial, como a União Africana (UA) citando insegurança e o fechamento forçado de meios de comunicação privados por parte do governo. A comunidade internacional teme que a crise violenta em torno do terceiro mandato de Nkurunziza possa desencadear novos conflitos entre os grupos étnicos hutus e tutsis no Burúndi, que conseguiu controlar uma sangrenta guerra civil somente em meados dos anos 2000. PV/afp/rtr/ap/dpa
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