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Parentes de vítimas do voo 4U-9525 atendem a cerimônia nos Alpes franceses

15:39 | 24/07/2015
Exatos quatro meses após queda do avião da Germanwings, centenas de familiares se encontram para um último adeus em Le Vernet. Restos mortais não identificados foram enterrados no cemitério da cidade nos Alpes franceses. Sob forte chuva, aproximadamente 300 familiares das vítimas do desastre do voo 4U-9525 se reuniram, nesta sexta-feira (24/07), no local do acidente, próximo da pequena cidade francesa de Le Vernet. Há exatos quatro meses, um avião da companhia aérea Germanwings que viajava de Barcelona a Düsseldorf caiu nos Alpes franceses, causando a morte de 150 pessoas. Investigações indicam que o copiloto jogou a aeronave deliberadamente contra as montanhas, aparentemente com a intenção de cometer suícídio. Junto à placa em memória da tragédia foi realizada uma cerimônia fúnebre, conduzida pelo bispo da cidade alpina de Digne, Jean-Philippe Nault. Em seguida, os familiares das vítimas foram levados em grupos ao cemitério de Le Vernet, onde os restos mortais que não puderam ser identificados foram enterrados no dia anterior. Na ocasião, o prefeito de Le Vernet, François Balique, falou em "um segundo enterro". Para os presentes é uma situação muito difícil saber que os restos mortais de seus entes queridos não puderam ser totalmente transferidos para casa. Local da queda segue interditado O local da queda não pode ser visitado nem pelos parentes das vítimas. A área está suja com óleo e querosene e ainda precisa ser limpa pela Lufthansa. Este trabalho está previsto para começar nas próximas semanas e será concluído até o fim do ano. Devido às disputas sobre indenizações e às críticas recebidas dos familiares das vítimas, o presidente do Grupo Lufthansa, Carsten Spohr, não participou da cerimônia em Le Vernet. Segundo um porta-voz da companhia aérea, Spohr tomou a decisão devido ao clima tenso dos últimos dias. "Ele não quer que a digna cerimônia seja estragada por essas discussões", afirmou o porta-voz. O chefe-executivo da Germanwings, Thomas Winkelmann, e a chefe do conselho financeiro da Lufthansa, Simone Menne, representaram a empresa, mas não realizaram nenhum discurso na cerimônia. O advogado que representa 34 famílias das vítimas, Christof Wellens, pediu novamente ao Grupo Lufthansa que encontre uma solução "rápida e generosa" na discussão sobre o valor das indenizações. No início desta semana, parentes de vítimas publicaram uma carta aberta atacando o presidente da Lufthansa. Eles chamaram a proposta feita pela empresa de ofensiva e acusaram Spohr de nunca ter falado com eles pessoalmente. A Lufthansa rejeitou as acusações. Enquanto na carta os parentes afirmam que foram oferecidos 45 mil euros por vítima, a companhia aérea fala em 100 mil euros de compensação. E, caso a vítima fosse provedora da família, a indenização pode ultrapassar 1 milhão de euros. À revista alemã Der Spiegel, o advogado da Lufthansa, Rainer Buskens, disse que o adiantamento de 50 mil euros por vítima já foi "maior do que o determinado pela lei". PV/dpa/afp
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